Deputado do PSD de São Paulo quer que os responsáveis pelo transporte ofereçam cadeiras com sistema de retenção adequada para proteção dos menores de até sete anos.
O deputado Goulart

O deputado Goulart

 

O deputado federal Goulart, do PSD de São Paulo, defendeu que os responsáveis pelo transporte escolar de crianças ofereçam cadeiras específicas (com sistema de retenção adequada) para proteção dos menores de até sete anos. O deputado participou de audiência pública nesta terça-feira (30), realizada na Comissão de Viação e Transporte (CVT).

Durante os debates, o parlamentar pontuou que os veículos escolares não possuem adaptação para receber as cadeirinhas. “O Conselho Nacional de Trânsito não disse quem vai pagar a conta. Geralmente quem arca com os gastos são os pais. Existe uma preocupação dos transportadores sobre quem vai arcar com isso”.

O vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Marco Saltini, destacou os impactos das mudanças. “Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o uso em transportes escolares deverá ser obrigatório a partir do próximo ano e as mudanças na estrutura dos veículos exige que as montadoras adaptem os veículos. Essas mudanças são praticamente inviáveis nos veículos em circulação”.

A redução no número de traumas em crianças pelo uso das cadeirinhas foi um dos itens citados pelo diretor científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Flávio Emir Adura. Para Goulart, a queda nesses números vem sendo sentida ao longo dos anos. “Todos nós trabalhamos pela segurança e os representantes de montadores do meu estado também estão preocupados e a projeção é que carros adaptados para receber a cadeirinha devem entrar em circulação daqui cinco anos”.

O procurador da República no Município de Marília (SP), Jefferson Aparecido Dias, destacou que independentemente dos debates em torno dos impactos econômicos da adaptação dos veículos é preciso garantir a vida das crianças. Ele também defendeu a necessidade de desenvolver novos mecanismos de proteção. Goulart concorda com o magistrado e destacou que “a incidência de acidentes caiu, haja visto que a velocidade desses veículos também é baixa, mas é preciso fazer uma legislação mais ponderada.”

Também participaram dos debates o coordenador geral Substituto de Infraestrutura de Trânsito (CGIT), Daniel Mariz Tavares; a coordenadora nacional da ONG Criança Segura Safe Kids Brasil, Gabriela Freitas; a representante da Associação de Mães do Jardim Ângela, Solange da Silva; Diretor da Associação Extremo Sul Transporte Escolar da Cidade de São Paulo, Rubens Ribeiro; e o coordenador Geral Substituto de Infraestrutura de Trânsito (CGIT), Daniel Mariz Tavares.