Projeto coordenado pelo secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, vai requalificar a área da Favela do Moinho, no centro da capital paulista

Cerca de 800 famílias vivem no núcleo habitacional, que fica entre linhas férreas em operação, embaixo de um viaduto e com apenas um acesso.

 

Redação Scriptum com Portal do Governo de SP

 

Sob a gestão do secretário Marcelo Branco, liderança do PSD, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo planeja requalificar todo o terreno da Favela do Moinho, na região central da capital paulista, e implantar no local o Parque do Moinho. O projeto do governo estadual inclui a implantação de uma nova estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPT), a Bom Retiro.

Cerca de 800 famílias vivem no núcleo habitacional, que fica entre linhas férreas em operação, embaixo de um viaduto e com apenas um acesso. Nos últimos dez anos foram registrados dois incêndios de grandes proporções na área, que deixaram mortos e centenas de desabrigados.

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) já destacou equipes para dialogar com a comunidade e realizar o cadastro dos moradores, que serão atendidos por projetos do Estado. Entre as alternativas estudadas estão a concessão de Auxílio-Moradia Provisório e de crédito para o financiamento de imóveis populares.

Na semana passada, a CDHU anunciou que vai comprar 5.800 moradias na capital paulista para ampliar o atendimento às famílias que pretendem financiar seu primeiro imóvel. Desse total de moradias, 2,5 mil deverão estar em bairros da região central da cidade. A companhia publicou um edital de chamamento para que empresas do setor privado apresentem empreendimentos prontos, que estejam em obras ou que, no mínimo, já tenham a aprovação para a execução das obras.

A secretaria ainda pleiteia com o governo federal a cessão de parte da área da favela pertencente à União para a implantação do parque.

Histórico

A área da Favela do Moinho começou a ser ocupada na década de 1990. Anteriormente, funcionava no terreno a Moinho Central, indústria de processamento de farinha e de fabricação de ração que foi desativada na década de 1980. As condições de acesso ao local são precárias, a movimentação das composições na via férrea gera trepidações e ruídos por mais de 18h diárias e a comunidade também sofre com a falta de saneamento básico.