No horário de pico da tarde, a velocidade média dos carros na capital paulista foi de 17,7 km/h nessas vias em 2013, ante 18,5 km/h em 2012, de acordo com estudo de fluidez realizado pela CET publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo.

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Na cidade de São Paulo, os automóveis passaram a ficar presos no trânsito 16% mais tempo em 2013 do que ficavam em 2012 nas vias que ganharam faixas exclusivas para ônibus, no horário de pico da manhã, segundo estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). No pico da tarde, esse tempo extra no trânsito cresceu 7%. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (27/8)
Conforme a reportagem, no conjunto da cidade, e não apenas nos lugares que receberam faixa exclusiva, os motoristas passam 30% do tempo que estão em viagem parados, presos por causa do trânsito ou por causa de semáforos fechados. No horário de pico da tarde, esse porcentual é de 33% do tempo de viagem.

A Pesquisa de Monitoração da Fluidez é um relatório de contagem de veículos, de aferição da velocidade média de vias e, ainda, do chamado “tempo de retardo” – porcentual do tempo, informa o jornal. É calculado por técnicos que passam os horários de pico percorrendo as vias, cronometrando tempo andando e parados. É feito em 220 quilômetros de vias – todos os principais corredores da cidade. Os dados de 2013 foram publicados no site da CET na semana passada.
Segundo o estudo, a velocidade média dos carros nas vias que receberam faixa exclusiva, que até 2012 já era de apenas 18,5 km/h no pico da tarde, chegou a 17,7 km/h em 2013. A proposta das faixas é justamente livrar os ônibus dessa lentidão toda. Segundo dados da SPTrans também referentes a 2013, depois de implementadas as faixas exclusivas, a velocidade média dos ônibus cresceu de 14 km/h para 20 km/h, em média (45%).
Vale destacar ainda que, segundo os especialistas, a redução da velocidade média e o aumento do tempo que os carros ficam parados não são “culpa” das faixas. Eles vêm caindo desde que o estudo começou a ser feito, nos anos 1990.
O estudo anual sobre a situação do trânsito de São Paulo mostra que a quantidade de ônibus em circulação da cidade só aumentou nos pontos onde a Prefeitura instalou faixas exclusivas. Fora desses locais, a quantidade de coletivos misturada ao fluxo viário chegou até a cair.
Para entender os dados, antes é preciso compreender um detalhe da Pesquisa de Monitoração da Fluidez da CET. É o corte que ela faz do Município: os técnicos classificam corredores viários (exemplo: Avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Consolação) como uma única “rota”.
Compreendido isso, ao analisar as nove rotas que receberam a faixa exclusiva em ao menos alguma de suas avenidas, observa-se queda de 3,7% na quantidade de ônibus em circulação na área como um todo. Houve queda também do volume de carros, de 6%. No horário de pico da manhã, mesmo com as faixas, a quantidade de carros cresceu 3,9%. A de ônibus se manteve estável: avançou 0,1%. Mas, observando apenas a avenida que teve a faixa exclusiva – não a rota toda -, a quantidade de ônibus em circulação subiu. Aumentou de 5.939 para 6.168 ônibus no pico da manhã (3,9%) e de 4.929 para 5.106 ônibus no pico da tarde (3,6%).