Segundo a Fiesp, faturamento das empresas pode ser afetado pela crise hídrica. Algumas companhias já eliminaram um turno da produção e empresários estão pessimistas por conta da estiagem na região de Campinas, conforme jornal.

A falta de água no Estado de São Paulo já provocou o fechamento de 3 mil vagas de trabalho na indústria paulista e, na expectativa dos empresários, pode afetar o faturamento das companhias nos próximos meses. A afirmação, do diretor de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Eduardo San Martin, foi publicada na edição de hoje (17/07) do jornal Valor Econômico.

Segundo a publicação, algumas empresas já eliminaram um turno de produção na região de Campinas em virtude da seca. Para piorar o quadro, a demora na liberação de outorgas para captação de água impede a instalação de novas indústrias e a ampliação de outras.

Além disso, a escassez de água na Bacia do PCJ, que é formada pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e abastece mais de 70 municípios na região de Campinas, criou clima de pessimismo entre os empresários. Levantamento divulgado pela Fiesp nesta semana, durante seminário sobre a seca na região do PCJ, revelou que 67,6% de 413 indústrias consultadas demonstram preocupação com a possibilidade de racionamento ainda este ano.

A pesquisa mostra, ainda, que para 64,9% das empresas, uma interrupção no fornecimento de água teria impacto no faturamento das companhias. O impacto seria pequeno para 50% das grandes empresas, 42,8% das médias e 48,9% da pequenas. O impacto seria forte para 29,5% das grandes, 14,3% das médias e 17,9% das pequenas companhias.