Pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PSD fez palestra a consultores da Fundação Espaço Democrático

Felicio Ramuth citou como pilares indispensáveis a uma boa gestão a simplicidade e o compartilhamento de recursos

Redação Scriptum 

Inovação, simplicidade, compartilhamento de recursos públicos, gestão próxima das pessoas e transparência administrativa. Estes são os pilares de uma boa gestão para Felicio Ramuth, 53 anos, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSD.

Ex-prefeito de São José dos Campos (município de 737 mil habitantes que é sede da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, uma das seis do Estado de São Paulo), Felicio participou nesta terça-feira (12) da reunião semanal do Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD, e detalhou ao grupo de consultores presentes o que considera uma boa gestão – o seu segundo mandato em São José  teve aprovação superior a 80%, considerando que foi avaliado como ótimo ou bom por 56,8% dos eleitores, e regular por 25,4%,  segundo levantamento feito pelo jornal O Vale e o instituto Paraná Pesquisas.

Para ele, a inovação é uma das bases. “Precisamos encontrar novas soluções para velhos problemas”, disse. E lembrou que não é à toa que a cidade na qual esteve à frente desde 2017 foi certificada, há pouco mais de um mês, como a primeira Cidade Inteligente do Brasil. A certificação foi concedida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) com base em três normas internacionais NBR ISO (37120, 37122 e 37123) regulamentadas pelo World Council on City Data, instituição ligada à ONU (Organização das Nações Unidas). “Apenas 79 cidades no mundo possuem essa certificação”, lembrou Felicio. “São José passou por um processo rigoroso, que levou em consideração 276 indicadores contidos nas três normas em setores como serviços urbanos, qualidade de vida e práticas sustentáveis”.

Outro dois pilares citados por Felicio como indispensáveis a uma boa gestão são a simplicidade e a o compartilhamento de recursos. “Temos que tornar a vida dos cidadãos mais simples, tomar decisões sempre pensando nas pessoas”, apontou. Compartilhar recursos é uma forma moderna de enxergar o mundo, segundo ele: “É utilizar em vez de ter”. O pré-candidato do PSD destacou que o Estado tem grande infraestrutura e o conjunto de cidades também, de forma que o compartilhamento dessas redes pode potencializar o uso de recursos públicos. “O Estado compartilha mal seus recursos não só com os municípios, mas mesmo entre as suas secretarias”, afirmou.

Os dois últimos fundamentos da boa administração, para Felicio, são a proximidade com o cidadão e a transparência. “A gestão precisa ser aberta, próxima das pessoas, para entender e atender as suas necessidades”, disse. “Um dos grandes problemas de São Paulo é que o Governo do Estado não está ao lado delas no dia a dia”. A transparência, para ele, é ter clareza naquilo que se fará e as pessoas esperam. “Eu faço política com quatro esses: sensibilidade social, seriedade, sinceridade e simplicidade”, disse. “Eu enfrentei candidatos que prometiam tarifa de ônibus a R$ 1 real, R$ 2 reais, o que não era possível”.

Como pré-candidato, Felicio está começando a reunir ideias e quadros especializados para compor o seu plano de governo. Mas lembra que a peça só será aprimorada ao longo da campanha. “É preciso ouvir as pessoas”, diz.

Participaram da reunião do Espaço Democrático o coordenador nacional de Relações Institucionais da fundação, Vilmar Rocha; o superintendente João Francisco Aprá; o gestor público e consultor em saúde Januário Montone; os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo; o sociólogo Tulio Kahn; os cientista políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo; a secretária nacional do PSD Mulher, Ivani Boscolo, os gestores públicos Andrea Matarazzo e Junior Dourado; e os jornalistas Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático, e Eduardo Mattos.