Folha de S.Paulo
O sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de parte da região metropolitana de São Paulo, continua a bater recordes negativos. Nesta sexta-feira (28), o nível dele chegou a 13,8%, o mais baixo da história.
Segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado), o Cantareira opera nos últimos meses em estado crítico. Para se ter uma ideia, no dia 28 de março do ano passado, o índice estava em 61,9%.
De acordo com meteorologistas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não há previsão de chuva para hoje e amanhã na região do Cantareira. A partir de domingo, com a chegada de uma frente fria, é previsto chuva para a região, mas ainda não dá para precisar se será chuva será ou não forte .Com a chegada do outono, que começou na semana passada, a tendência é que as chuvas sejam ainda mais escassas.
O complexo de represas do Cantareira é considerado um dos maiores sistemas de abastecimento do mundo. Somente na Grande São Paulo, ele produz 30 mil litros de água por segundo para abastecer 8,8 milhões de pessoas.
Desde o dia 10 de março, o governo de São Paulo reduziu a vazão do Cantareira para não esgotar o manancial. Para compensar a medida, nove bairros paulistanos deixaram de ser abastecidos pelo sistema e passaram a receber água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, totalizando 1,6 milhão de usuários.
O sistema do Alto Tietê também opera com 37,6% de sua capacidade. Em 1º de março, antes de começar a ajudar abastecer os bairros da capital, operava com 38,9% da sua capacidade. Já o Guarapiranga opera com 76,7 % do seu reservatório.
A presidente da Sabesp, Dilma Pena, confirmou que o programa de economia de água que dá 30% de desconto na conta daqueles que são abastecidos pelo sistema Cantareira será prolongado pelo ano todo. A ideia é preservar o manancial e garantir o abastecimento ao longo de 2014.