Em reportagem publicada nesta terça-feira (17), o jornal Folha de de S. Paulo informa que a segunda-feira foi um dia de protestos diante do Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, no centro. “Por volta do meio-dia, um grupo de taxistas que saiu em carreata pela cidade às 6h, travando o trânsito durante a manhã, se juntou aos sem-teto acampados no Viaduto do Chá, em frente à sede da administração municipal”, informa o jornal paulistano. O mesmo tema foi manchete também de O Estado de S. Paulo. A matéria da FSP lembra que os taxistas circularam em velocidade baixa pelas principais vias da cidade, como as avenidas Paulista e 23 de maio. Eles protestavam contra a intenção da prefeitura de proibir a circulação dos táxis pelos corredores de ônibus da cidade. Após a manifestação, o prefeito Fernando Haddad (PT) decidiu adiar a decisão para janeiro de 2014.
A proposta foi apresentada na semana passada, junto com um estudo que afirmava que o tráfego de táxis nos corredores reduz a velocidade dos coletivos.
O levantamento mostrou que a velocidade média dos ônibus com os táxis nos corredores é de 6 km/h, ante 13,5 km/h no primeiro semestre. Atualmente os táxis podem circular nos corredores quando estão levando passageiros.
Moradia
Além dos protestos dos taxistas, completou a Folha, cerca de 900 membros do MSTS (Movimento Sem-Teto do Sacomã) estão acampados diante da prefeitura, reivindicando o retorno do fornecimento de energia elétrica e água no cine Marrocos. O prédio está ocupado pelo movimento há dois meses.
Haddad diz que a prefeitura conversou com os manifestantes e os alertou sobre os riscos de morar no antigo cinema, que segundo ele “está inseguro e inapropriado para ser habitado”. O presidente do MSTS, Robinson Nascimento Santos, nega que houve negociação.
Os sem-teto estão em 169 barracas na calçada. Miraneide Trindade, 34, está no local desde a madrugada de sábado com cinco filhos e o marido. Nenhuma das crianças, entre 2 e 11 anos, estuda.
Ontem de manhã, três delas tomavam banho no viaduto com um balde de água fria. “Às vezes a gente consegue cesta básica na igreja, mas da prefeitura não recebo nenhuma assistência. Faço a comida dentro da barraca com o fogão que a gente improvisou”, contou ao jornal da capital paulista.