Está nas mãos de Marco Aurélio Cunha, ex-vereador pelo PSD em São Paulo, um dos importantes desafios que o esporte brasileiro tem pela frente: desenvolver o futebol feminino de maneira que ele possa, como acontece historicamente com o masculino, produzir talentos em série e se tornar sustentável como negócio de entretenimento.
Marco Aurélio renunciou ao mandato de vereador em São Paulo há poucas semanas para assumir o cargo de coordenador de futebol feminino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Apoios na nova função não faltam, inclusive entre adversários de primeira hora da CBF, como o senador Romário. Recentemente, em audiência pública realizada no Senado para discutir a situação do futebol feminino no Brasil, o ex-craque da Seleção Brasileira disparou contra o antigo desinteresse da CBF em fomentar a modalidade, mas rasgou elogios ao ex-vereador do PSD: “Gostaria de abrir uma exceção, dizendo que existem, sim, pessoas honestas e competentes na CBF, e uma delas está aqui, o Marco Aurélio Cunha, cuja história já conheço”, disse Romário. “Posso dizer que passei a acreditar que o futebol feminino pode dar um salto positivo com a entrada dele no comando”.
Marco Aurélio já tem claro pelo menos um dos caminhos que pretende seguir para dar ao futebol feminino a mesma projeção que ele tem nos países do Primeiro Mundo: desenvolvê-lo e fomentá-lo a partir das escolas. Não é nada inédito, apenas uma receita de sucesso que já deu certo em países como Estados Unidos e Japão, onde, aliás, ele acompanhou de perto parte do processo que levou o País a se tornar o atual campeão mundial.
Nesta entrevista à TV PSD Marco Aurélio fala das dificuldades que precisam ser superadas para atingir o seu objetivo – entre elas o preconceito que existe à prática do futebol por mulheres – e conta como sua experiência de 35 anos no futebol profissional masculino, no Brasil e fora dele, pode contribuir para esse trabalho.