Os nomes escolhidos pelo prefeito eleito de Bauru, Clodoaldo Gazzetta (PSD), para compor seu secretariado mostram sua preocupação com as contas do município e com medidas para equilibrar o orçamento. Nos últimos dias ele anunciou Everson Demarchi para chefiar a Secretaria de Finanças e o Dr. José Eduardo Fogolin para a Secretaria de Saúde, no mandato que se inicia a partir de janeiro de 2017. Bauru, que fica na região central do Estado de São Paulo, tem pouco mais de 350 mil habitantes.
Everson Demarchi é servidor de carreira há 25 anos, mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, especializado em Gestão de Organizações Públicas e em Ciências Econômicas, professor universitário e atual secretário de Administração da Prefeitura de Bauru.
José Fogolin, por sua vez, é formado em medicina pela USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto e especializado em Gestão de Saúde, Gestão Pública e Políticas Governamentais, além de ser Diretor de Divisão do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) Regional de Bauru. Os secretários, na visão de Gazzetta, estão dentro de seu planejamento de buscar sempre a indicação de ”pessoas técnicas e qualificadas” para administrar a cidade.
Everson Demarchi sinalizou que adotará a cautela como diretriz para sua atuação. “O cenário não está bom. Precisamos manter o pé no chão. Já conversei com o Gazzetta reforçando a importância de conseguirmos manter todos os pagamentos para não termos problemas”, disse.
O futuro secretário já conhece bem a apertada realidade das finanças do município. Até setembro, atuava como controlador-geral da Prefeitura de Bauru e como braço direito de Marcos Garcia, que responde pela pasta a qual Everson assumirá a partir de 1º de janeiro desde o governo Tuga Angerami. Ele se desincompatibilizou dessas funções para assumir a Secretaria da Administração, em substituição a Célio Bucceroni, realocado para a presidência do DAE.
Nos últimos anos, Demarchi conduziu os trabalhos de planejamento e elaboração das peças orçamentárias anuais do governo. As estimativas de receitas para 2017 não são otimistas. “A Saúde é prioridade da próxima administração. Estou conversando com o Fogolin nesse sentido”, afirmou. A equipe técnica que responde hoje pela pasta aponta desequilíbrio de mais de R$ 30 milhões entre a expectativa de orçamento e a necessidade de gastos da Saúde para o próximo exercício.
Everson Demarchi elencou como prioridade o aumento de esforços para reduzir despesas da Prefeitura. Como não há perspectivas para diminuição de gastos com pessoal, o caminho apontado pelo virtual secretário de Finanças é focar as contas de energia, água e telefone. “Em temos de crise, aumenta o número de pessoas que depende dos serviços públicos. A ideia é reverter o que hoje é custeio para a assistência a essas demandas”, frisou.