Depois de apelar ao chamado “volume morto” do Sistema Cantareira para evitar um racionamento de água na região metropolitana de São Paulo, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou que adotará o mesmo expediente no Alto Tietê. Esse sistema já vinha sendo utilizado para socorrer clientes da empresa e abastecer 4 milhões de pessoas na parte leste da região metropolitana e da capital. Serão retirados 25 bilhões de litros do volume morto de duas de suas cinco represas, o que garante mais 25 dias de abastecimento.
As informações, divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (22/7), indicam que a retirada de água do “volume morto” do Alto Tietê pode ser iniciada em agosto. O sistema contava ontem com 22,4% de sua capacidade de 520 bilhões de litros, quantidade projetada para durar de 90 a 120 dias.
O início da retirada do volume morto deve começar na represa Biritiba-Mirim, que tem hoje 14% de sua capacidade de 35 bilhões de litros, com 10 bilhões de litros. Em novembro, pode ser iniciada a retirada do volume morto da represa Jundiaí, que tem 13% dos seus 74 bilhões de litros.
O jornal já havia noticiado em meados de junho que o sistema Alto Tietê tinha ritmo de redução de seu volume semelhante ao sistema Cantareira e poderia se esgotar ainda neste ano. A situação pode ter se agravado já que parte do volume foi retirado para socorrer o Cantareira.
O Estado afirma ainda que a Sabesp ainda aguarda definição da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) para retirar mais 100 bilhões de litros do volume morto do Sistema Cantareira, além dos 182,5 bilhões que já começaram a ser captados. Deste total, a Sabesp já captou 59,5 milhões de litros, ou 32,6% do volume autorizado.