Até o último dia 6, o Hub realizou 4.497 encaminhamentos, sendo que 2.440 deles foram para hospitais especializados e 1.624 para comunidades terapêuticas.

Redação Scriptum com Portal do Governo de SP

O Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, mantido pelo governo de São Paulo, se consolidou como espaço de tratamento para usuários que frequentavam a Cracolândia – na região central da capital paulista – e procuraram ajuda. Inaugurada em abril pelo vice-governador do Estado, Felicio Ramuth (PSD), a unidade já recebeu 7.450 dependentes químicos. Desse total, de acordo com levantamento divulgado pelo governo estadual, 59% frequentavam a área da cidade conhecida pela concentração de usuários de crack. “Os números surpreenderam positivamente. Havia uma demanda reprimida de apoio a essas pessoas e o Hub, com a sua porta aberta, acaba trazendo esses atendimentos”, destaca Felicio.

Os pacientes passam por triagem e são encaminhados para o tratamento de transtornos aditivos ou para o atendimento de demandas clínicas. Até o último dia 6, o Hub realizou 4.497 encaminhamentos, sendo que 2.440 deles foram para hospitais especializados e 1.624 para comunidades terapêuticas. Outros 433 pacientes apresentaram demandas clínicas e foram encaminhados para unidades médicas.

Segundo o governo do Estado, 72% dos pacientes estavam em situação de rua, 80% dos atendidos se disseram usuários de crack e 70%, de cocaína. Ainda de acordo com o levantamento, 92,5% dos pacientes são homens e 72,1% se consideram pardos ou negros. Cerca de 80% não tinham atividade remunerada e mais da metade dos atendidos não completou o Ensino Fundamental. Quase 28% deles não tinham documento de identificação.

Aproximadamente 33% dos atendidos afirmaram não ter nenhum vínculo familiar que possa ser considerado parte de sua rede de apoio. Conforme o levantamento, 49% têm pelo menos um filho menor de idade.