Redação Scriptum com jornal iFolha, de Olímpia
Em função dos incêndios florestais registrados em Olímpia, na região Noroeste de São Paulo, o prefeito Fernando Cunha (PSD) publicou decreto nesta terça-feira (27) que coloca a cidade em situação de emergência ambiental por 90 dias. A medida, com efeito retroativo ao último dia 23, quando uma cortina de fumaça encobriu a cidade, tem como objetivo permitir a implementação de ações emergenciais para a diminuição dos danos causados pelos incêndios. “Mais de 12 mil hectares foram atingidos, a maioria em áreas de cana. Mas também foram afetados pequenos e médios produtores rurais. São cenas que chocam e nos marcam, já que Olímpia e nosso País nunca haviam vivido nada igual”, disse o prefeito em mensagem publicada nas redes sociais.
O decreto autoriza a mobilização de órgãos municipais e a convocação de voluntários, além de estabelecer medidas como a entrada em propriedades privadas para operações de socorro e o uso de recursos hídricos privados para o combate ao fogo, com a previsão de indenizações por eventuais danos.
O documento também permite à administração pública a realização de contratações emergenciais de serviços e bens necessários para as áreas afetadas. “Essas medidas visam a assegurar uma resposta rápida do município diante da crise atual, sendo aplicadas somente em situações de necessidade iminente”, informa a prefeitura em nota oficial.
Governo estadual
Os incêndios afetaram diversos municípios do interior paulista entre quinta-feira da semana passada (22) e o último domingo (25). Uma das áreas mais prejudicadas foi a região de Ribeirão Preto, onde o governo estadual implantou um gabinete de crise. O secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, também filiado ao PSD, coordena um plano emergencial para a ampliação do atendimento nas unidades médicas da região.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, não há mais focos ativos de queimadas no Estado, mas 48 cidades seguem em alerta máximo.