Com a implantação de usinas térmicas nos aterros, os gases liberados durante a combustão dos resíduos passaram a ser captados e transformados em energia. Juntas, as usinas produzem energia suficiente para abastecer uma cidade com até 600 mil habitantes.

A cidade de São Paulo inovou em 2007 quando leiloou, pela primeira vez, créditos de carbono obtidos por meio de ações que reduziram o lançamento na atmosfera dos gases de efeito estufa gerados pelos dois principais aterros sanitários da cidade.

Utilizando tecnologias limpas, e com a implantação de usinas térmicas nos aterros, os gases liberados durante a combustão dos resíduos passaram a ser captados e transformados em energia. Juntas, as usinas produzem energia suficiente para abastecer uma cidade com até 600 mil habitantes.

A comercialização dos créditos de carbono está prevista no Protocolo de Kyoto, que é um tratado internacional resultante de uma série de eventos iniciados em 1988, em Toronto, no Canadá. As negociações passaram também por encontros em Sundsvall, na Suécia, em 1990, Rio de Janeiro, em 1992, e terminaram com o documento negociado na cidade japonesa, em 1997.

O protocolo estabeleceu compromissos mais rígidos das nações no que diz respeito à redução da emissão de gases que agravam o efeito estufa, considerados pela maioria dos estudos científicos sobre o tema como a principal causa do aquecimento global.

Em três leilões feitos na Bolsa de Valores de São Paulo durante a gestão de Gilberto Kassab, nos anos de 2007, 2008 e 2012, a prefeitura arrecadou mais de R$ 65 milhões. Todos os recursos obtidos na comercialização foram aplicados em programas ambientais nas regiões dos dois aterros como forma de compensar o impacto causado pelo funcionamento dos depósitos de resíduos durante anos.