Prefeitos e representantes das 25 cidades que compõem a região da 13ª DRS (Diretoria Regional de Saúde), no interior de São Paulo, estão envolvidos no combate ao Aedes Aegypti, que transmite a dengue, febre chikungunya e zika vírus. Em reunião coordenada pela prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), eles discutiram estratégias e medidas imediatas para reduzir a infestação do mosquito. “Foi uma surpresa boa. Todos os prefeitos estão preocupados com o assunto, mesmo aqueles cujo município apresente poucos casos de uma dessas doenças”, afirmou a prefeita, que se encarregou de convidar os prefeitos para a reunião.
A reunião contou com a participação do representante do Consórcio Intermunicipal de Saúde (AVH), que reúne os municípios ligados às regiões do Aquífero Guarani, Vale das Cachoeiras e Horizonte Verde e do Comam (Consórcio de Municípios da Alta Mogiana), composto por 29 municípios da região de Franca.
Após mais de uma hora de discussão, quando cada prefeito expôs as ações que estão sendo desenvolvidas em suas cidades, foram tomadas algumas decisões que serão realizadas em conjunto. Todos os municípios, a exemplo de Ribeirão Preto, farão um decreto de situação de emergência. Os prefeitos também vão solicitar autorização do Judiciário para entrar em imóveis fechados para que sejam vistoriados.
Ficou definida ainda a criação de um Comitê da Crise, com a elaboração de uma carta relatando as medidas que estão sendo adotadas para ser entregue às autoridades estaduais e federais. “Além das medidas que estamos adotando, vamos cobrar que a União e Estado mantenham os repasses de verbas aos municípios para que possamos enfrentar esta situação”, afirmou Dárcy Vera.
O documento será assinado pelo secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Stenio Miranda, presidente do Cosems (Conselho dos Secretários de Saúde de São Paulo), pelo presidente do Comam, Marcos Antônio Ferreira, prefeito de Patrocínio Paulista, e Marcos Mateo, representante do Consórcio Intermunicipal AVH.
Também ficou definido que os municípios farão uma campanha virtual alertando para as regiões em suas cidades com maior incidência de larvas do mosquito, a criação de uma lei para multar as residências com reincidências de criadouros do mosquito, medida que a cidade de Pontal já vem adotando.
Serão designados três servidores em cada prédio público que sejam responsáveis para cuidar do local e evitar criadouros do mosquito transmissor da dengue. Os municípios também vão buscar a mobilização dos setores organizados da sociedade civil como igrejas, lojas maçônicas, Associações Comerciais, sindicatos, associações de bairros, população e dos meios de comunicação, para que todos ajudem a combater o mosquito Aedes aegypti. Também síndicos, condomínios e clubes serão chamados a participar deste movimento.
