Em audiência da CPI dos Maus-Tratos a Animais, deputado do PSD destacou a necessidade de elaborar políticas mais eficientes de combate às zoonoses e de controle populacional de animais.
O deputado Ricardo Izar

O deputado Ricardo Izar

Em audiência pública realizada, nesta terça-feira (22), pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos a Animais, o presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar, do PSD de São Paulo, destacou a necessidade de elaborar políticas mais eficientes de combate às zoonoses e de controle populacional de animais.

“Por que não há políticas públicas para o combate às zoonoses, na área da Saúde, que incluam o controle populacional de animais? Sabemos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca a castração como política pública de saúde humana também, então, isso tem que ser considerado pelo governo federal e implantado nos municípios o mais rápido possível”, observou o parlamentar.

A CPI discutiu o tema com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi, com o ex-secretário municipal de Saúde de Fortaleza (CE), Odorico Monteiro, e com o ex-secretário municipal de Saúde de Campo Grande (MS), Luiz Henrique Mandetta, que relataram experiências positivas no combate à leishmaniose visceral.

“Em 2005, Campo Grande registrou mais de 200 casos de leishmaniose visceral em seres humanos, com 14% de mortes. Fizemos um plano municipal de controle da doença, porque a recomendação do Ministério da Saúde se limitava a propor a eutanásia de cães e um programa de pulverização. Com intensa atuação na capacitação dos profissionais de saúde para o diagnóstico em humanos, no controle populacional por meio da castração de animais e no tratamento dos doentes, em 2010, tivemos, pela primeira vez, a redução dos casos em humanos”, expôs Mandetta.

Com as oitivas, a CPI também colheu informações para propor sugestões ao Projeto de Lei 1.738/11, que trata sobre a Política Nacional de Vacinação contra a Leishmaniose Animal.