Para o deputado Ricardo Izar (PSD-SP) as denúncias de cartelização, superfaturamento e desvios de órteses e próteses fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) indicam uma fraude no sistema público de saúde que prejudica diretamente o cidadão brasileiro. Por isso, como primeiro vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a chamada Máfia das Próteses, cargo para o qual foi eleito quinta-feira (16), ele afirma que irá apresentar soluções propositivas. “Temos que dar uma resposta, seja com projeto de lei, ou para regulamentar a questão do uso das próteses no Brasil”, diz ele.
A CPI terá um prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, prorrogáveis por mais 60, mediante decisão do plenário. “Vamos analisar todo o material que já foi colhido em audiências públicas, na própria proposta de fiscalização e controle, para que a CPI resulte em um trabalho essencial para resolver a questão da máfia que se instalou no setor.”
O deputado defendeu ainda que a CPI seja dividida por temas que discutam a questão dos hospitais e superfaturamento de notas; os direitos do consumidor, quando ele paga por este serviço; e a falta de ética dos médicos. “Muitos profissionais receberam comissões para implantar órteses e próteses sem que o procedimento fosse necessário. Pessoas se submeteram ao procedimento médico sem precisar. Isso não pode acontecer.”