“É hora de o Brasil crescer. Chegou o momento de acreditarmos no país e gerarmos mais empregos”. A conclamação é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, que participou nesta segunda-feira (5) da assinatura de acordo de joint venture das fabricantes de semicondutores Qualcomm e USI para instalar, em São Paulo, uma fábrica de chips para smartphones e dispositivos de “internet das coisas”.
Durante o evento, realizado na sede do governo de São Paulo, Kassab, ao lado do governador Geraldo Alckmin, destacou a retomada dos investimentos estrangeiros no país. “Que essa parceria sirva de incentivo aqueles que estão na iminência de iniciar novos projetos.”
Com previsão de investimentos de US$ 200 milhões, a nova fábrica deve começar a operar a partir de 2020 e deve gerar entre 800 e 1 mil empregos qualificados. A estimativa para início da operação coincide com o prazo para execução do Plano Nacional de Internet das Coisas, projeto do MCTIC para alavancar o setor, que deve conectar todos os objetos à nossa volta, no Brasil.
“Cada vez mais, as pessoas e os empresários voltam a acreditar no Brasil. O que acontece aqui é o início de um grande projeto que trará não apenas tecnologia, mas formará recursos humanos dentro e fora do Brasil para que a gente possa introduzir o que há de mais necessário para desenvolver o país”, declarou Kassab.
O local de instalação da planta ainda não está definido, mas de acordo com Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina, provavelmente a fábrica ficará na região de Campinas, no interior de São Paulo.
Para o presidente da Telebras, Maximiliano Martinhão, o Brasil carece da indústria de IOT e uma fábrica na área de semicondutores pode trazer muitos benefícios, pois tem o viés de promover a pesquisa e o desenvolvimento no país. “O mercado de IOT no Brasil está crescendo em uma velocidade muito rápida. Temos que aproveitar este momento tecnológico para desenvolver produtos aqui. Existe uma expectativa de que até 2025 este nicho vai gerar ao país, U$ 200 bilhões. A partir da riqueza que existe em todo este mercado, o Brasil está atraindo investimentos e desenvolvimento tecnológico, além de equilíbrio na balança comercial”, completou Martinhão.