O ministro falou a empresários da construção: “Não podemos parar, porque sabemos o quanto é penoso retomar o crescimento”.
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Kassab: “Não podemos parar porque sabemos o quanto é penoso depois retomar o crescimento e o investimento”.

Em encontro com representantes do setor da construção na manhã desta segunda-feira (9), o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, destacou a importância de os empresários não trabalharem isoladamente, mas em parceria com o governo federal. “Além da oportunidade de promover uma discussão no campo técnico, podemos levar também a voz ponderada daqueles que querem a retomada do desenvolvimento. Minha presença aqui hoje é no sentido de incentivar a todos para que contribuam com o seu trabalho e suas empresas não isoladamente, mas em parceria com o poder público”, disse Kassab, durante o evento realizado em São Paulo, na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp).

O ministro lembrou que a economia passa por correções, “algumas delas muito duras”, e enfatizou a necessidade de se encontrar caminhos para voltar a crescer. “Temos de ter diálogo para que todos possam conhecer seus limites. Não podemos parar porque sabemos o quanto é penoso depois retomar o crescimento e o investimento”, disse Kassab. Ele ressaltou também que o programa Minha Casa Minha Vida é baseado na credibilidade do governo em relação a pagamentos, cronograma, eficiência do setor privado e entrega de produtos.

O ministro participou da abertura do 11º Construbusiness – Congresso Brasileiro da Construção 2015 – Antecipando o Futuro, organizado pelo Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp. “Cada vez mais precisamos ter eficiência nas ações do poder público, transparência. E nisso, esse evento pode nos ensinar muito”, afirmou.

Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o congresso desta segunda-feira “não é uma solenidade, mas é uma reunião de trabalho. Temos que sair daqui realmente tendo a visão de novos caminhos”. Para ele, “não adianta só criticar, o que nós precisamos é trabalhar uma agenda positiva”, afirmou Skaf.

De acordo com o presidente do Conselho Superior da Indústria da Construção da Fiesp (Consic), José Carlos de Oliveira Lima, o setor pode assumir protagonismo na retomada de crescimento do País. “A nossa cadeia produtiva é a solução para as crises. Ela contribui fortemente para o crescimento econômico e social do Brasil”.

O 11º Construbusiness conta com a participação de centenas de empresários, autoridades e especialista do setor da construção. Também participaram da abertura do encontro, o ministro Aroldo Cedraz, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), e o secretário da Habitação do Estado de São Paulo, Nelson Baeta.

 

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Público do Construbusiness: setor pode assumir protagonismo na retomada de crescimento do País.

Na ocasião, foi apresentado o estudo técnico “11º ConstruBusiness: Antecipando o Futuro”, que faz uma análise de toda a cadeia, focando em investimentos para infraestrutura econômica (energia, transportes e telecomunicações) e desenvolvimento urbano (habitação, mobilidade urbana e saneamento), no período de 2015 a 2022, com dados e projeções inéditas. O material, que tem como objetivo do apresentar uma agenda positiva com propostas para aumentar a competividade e desburocratizar o setor, será entregue aos governos federal, estadual e municipal.

De acordo com o estudo, o setor brasileiro de construção precisa iniciar um novo ciclo de obras, e esse novo modelo deve demandar investimentos anuais de R$ 558, 8 bilhões até 2022, o equivalente a R$ 4,5 trilhões pelos próximos sete anos.

A publicação foi apresentada pelo diretor do departamento, Carlos Eduardo Auricchio, para quem “temos que nos vestir do espírito de otimismo característico dos empresários e temos que iniciar imediatamente um novo ciclo de obras, aprimorando o novo modelo para a nossa atual realidade”. Ele acrescentou que também faz parte das intenções da Fiesp, com essa publicação, encontrar o caminho para um novo ciclo de investimento no País. “Temos que melhorar o nosso ambiente de negócios. Manter e ampliar o investimento sistemático no País”, disse Auricchio.