O volume do Sistema Cantareira, principal manancial paulista e que abastece quase 50% da Grande São Paulo e a região de Campinas, no interior, caiu para 13% neste sábado, 5, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Essa é a marca mais baixa registrada desde o início da operação do sistema, em 1974. Na sexta-feira, o volume estava em 13,2%. Há um ano, estava em 62%.
O volume de chuvas acumulado sobre a região do Cantareira nos cinco primeiros dias deste mês somou 20,6 milímetros. A média histórica para o mês de abril é de 89,3 milímetros. O novo secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Marco Antonio Mroz, afirmou na sexta-feira que não há consenso no governo paulista sobre a necessidade de adotar o racionamento de água no Estado. “Essa questão não está cristalizada no governo. Não há um consenso sobre isso”, disse.
A adoção de medidas restritivas para o uso da água do Cantareira havia sido defendida pelo presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu. Mroz afirmou acreditar que a água disponível é suficiente para levar o abastecimento até setembro.