Selecionado para representar o Brasil na Bienal de Veneza​, o conjunto habitacional do Jardim Edite beneficiou cerca de 800 pessoas
Obra transformou o bairro localizado ao lado da ponte Estaiada, no Brooklin, e beneficiou mais de 800 pessoas com creche, Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma escola técnica.

Obra transformou o bairro localizado ao lado da ponte Estaiada, no Brooklin, e beneficiou mais de 800 pessoas com creche, Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma escola técnica.

 

Uma das obras que marcaram o amplo processo de reurbanização de favelas implementado pelo atual ministro das Cidades, Gilberto Kassab, em sua gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, o conjunto habitacional do Jardim Edite foi um dos projetos selecionados para representar o Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália. Feliz com a notícia, Kassab comentou que o Jardim Edite, “construído e parcialmente entregue ainda na minha gestão na Prefeitura de São Paulo, beneficiou os moradores da antiga favela da zona Sul que, agora, vivem com conforto e dignidade nos 252 apartamentos planejados”.

Coordenado pela arquiteta e urbanista Bete França, então superintendente de Habitação Popular da Secretaria Municipal de Habitação, e pelo secretário de Habitação da época, Ricardo Pereira Leite, a obra transformou o bairro localizado ao lado de um dos cartões postais da cidade, a ponte Estaiada, no Brooklin, e beneficiou mais de 800 pessoas com creche, Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma escola técnica de gastronomia – em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Os primeiros 92 apartamentos, de um total de 252 unidades habitacionais, foram entregues por Kassab em dezembro de 2012.

Na ocasião, ele lembrou que “é muito gratificante poder encerrar a gestão inaugurando equipamentos no campo social, como este e o do Real Parque, vendo a alegria de todas as famílias. São pessoas que há cinco anos estavam nesses locais morando dentro de favelas, em condições precárias, e nós possibilitamos o retorno delas em uma condição totalmente diferente”.

Projetado para ocupar o lugar da favela do Jardim Edite, o conjunto habitacional de mesmo nome garante integração social em um dos pontos mais significativos do recente crescimento do setor financeiro e de serviços de São Paulo: o cruzamento das avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Jornalista Roberto Marinho.

O investimento total no Jardim Edite foi de R$ 43 milhões. Esses valores vieram da Operação Urbana Água Espraiada, na qual está inserido. O Residencial Jardim Edite tem moradias divididas em três prédios de 17 pavimentos, com quatro unidades habitacionais por andar, num total de 60 apartamentos por torre, com dois elevadores cada.

Além das torres, o Residencial Jardim Edite conta com mais dois blocos de seis pavimentos, sem elevador, com equipamentos públicos nos 1° e 2° andares e moradias do 3° ao 5°, sendo que neste último as unidades são do tipo duplex. Os apartamentos têm dois quartos, sala, cozinha e banheiro.

O pavimento de cobertura desses equipamentos, como um térreo elevado do condomínio residencial, interliga todos os edifícios habitacionais em cada quadra, promovendo aos moradores uma convivência mais adequada.

Urbanização de Favelas – Criado em 2005, o Programa Municipal de Urbanização de Favelas da Prefeitura de São Paulo obteve mais de 10 prêmios. O último foi o Scroll of Honour, da UN-Habitat – agência da Organização das Nações Unidas para Habitação. Trata-se de um prêmio de reconhecimento de iniciativas exemplares na área de habitação em todo o mundo.

O programa beneficiou algumas das principais comunidades carentes de São Paulo, como Paraisópolis, Heliópolis, Jaguaré, Jardim São Francisco e Cantinho do Céu, que se transformam em bairros. Este também pode ser considerado o maior programa de urbanização do mundo, com o atendimento das mais de 200 mil famílias.