A Prefeitura de São Paulo concluiu um terço das obras de drenagem anunciadas no início de 2013, conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta sexta-feira (14). Das 79 obras previstas, apenas 27 (34%) foram finalizadas, enquanto 14 (18%), foram excluídas, segundo a atual administração, por “inviabilidade técnica”.
O chamado Programa de Redução de Alagamentos (PRA) incluiria obras de médio e curto prazo, que custariam R$ 133 milhões, além de intervenções, como ampliações de galerias pluviais e canalizações de córregos, para aumentar a capacidade de vazão da água.
Anunciado em março de 2013, foram qualificadas pela gestão como obras de prazo mais curto em comparação com outras de macrodrenagem –construção de piscinões e canalização de grandes córregos das zonas sul e oeste, por exemplo– e que poderiam, cerca de metade delas, ficar prontas em até um ano.
A Folha informa que, no site do plano de metas da Prefeitura, há uma lista de 49 dessas obras, entre concluídas, em andamento e não iniciadas. Nem todos os dados, porém, estavam atualizados até a noite de quinta-feira (13). A reportagem visitou duas obras em andamento nesta semana. No acesso à Polícia Federal, na região da Lapa (zona oeste), os operários da obra disseram que a previsão é finalizá-la em 2015.
Obras da gestão Kassab
Durante a gestão Kassab, foram executadas cerca de 130 grandes intervenções de drenagem na cidade, como piscinões, reservatórios, córregos e diques. O córrego Pirajuçara, por exemplo, recebeu melhorias ao longo de toda sua extensão. Em dezembro de 2012, foi concluída a canalização de 1.620 metros na região do Campo Limpo, zona sul da capital. Foram, ao todo, 18,5 quilômetros de extensão no local. Também foram construídos dois reservatórios de bombeamento de 2.900m³ e 3.500 m³ de água.
No córrego Aricanduva, foram feitos alargamento e aprofundamento da calha do córrego. Ao longo do curso d’água foram instalados cinco pôlderes que armazenam as águas do córrego durante as cheias, evitando transbordamentos ou refluxo nas galerias nas vias baixas. Assim que o nível do Aricanduva baixa, bombas são automaticamente acionadas e começam e devolver a água para o córrego. Juntos, os reservatórios são capazes de armazenar até 30.528,6 m3 de água.
Foram feitas ainda intervenções em córregos como Ipiranga, Tremembé, Água Branca, Cordeiro, Ponte Baixa, novos piscinões Sharp, Anhanguera e Oratório, e o dique no Jardim Romano.