A gestão do prefeito de Louveira, Estanislau Steck (PSD), vai multar moradores que forem flagrados desperdiçando água no município do interior do Estado de São Paulo, com população estimada em 49 mil habitantes. Estabelecida pelo decreto municipal 5.772, a medida foi adotada em função da severa estiagem que afeta o País. O decreto proíbe o uso de água tratada para lavar ruas e veículos, além de calçadas e fachadas de áreas residenciais, comerciais ou industriais.
A administração também vai autuar munícipes que mantém vazamentos em suas propriedades e moradores flagrados pela Guarda Municipal cometendo outros tipos de desperdício. Caso fique comprovado o uso indevido, o infrator receberá uma advertência inicial. Em um segundo registro, pagará multa de R$ 500, que será cobrada na conta de água. Se houver reincidência, o valor subirá para R$ 1.800.
A Prefeitura cobrará juros dos infratores que não realizarem o pagamento da multa no prazo de vencimento. As denúncias devem ser encaminhadas para a Guarda Municipal pelos telefones (19) 3878-1512 ou 153.
Para conscientizar a população sobre os riscos do desperdício, Louveira iniciou a campanha Trate a Água com Carinho. Saiba mais aqui. “Nossa campanha de conscientização quanto ao uso responsável dos recursos hídricos já trouxe bons resultados, mas precisamos de ainda mais comprometimento. Estamos vivendo uma das mais intensas estiagens da história e precisamos adotar medidas para reduzir o consumo de água em nossa cidade”, destacou o prefeito.
O secretário municipal de Água e Esgoto, Mateus Arantes, reforçou o pedido para que os moradores colaborem. “Muitos municípios estão com racionamento. Louveira ainda não, devido ao trabalho sério que vem sendo realizado para armazenamento e redução de perdas, mas todos devem colaborar.”
Estiagem
Segundo alerta emitido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), as chuvas registradas nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano ficaram 20% abaixo da média histórica, o que tem prejudicado o Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da região. O consórcio prevê um período de estiagem que pode se tornar o mais grave em décadas.