Especialistas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) estimam que em 2014 serão registrados 892.250 mil novos casos de câncer no Brasil. E a grande maioria dessas pessoas serão tratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já que somente pouco mais de 23% da população têm plano de saúde, de acordo com dados da Federação Nacional de Saúde Suplementar.
A cura da doença ou mesmo uma sobrevida com qualidade dependem não só da realização de tratamentos rádio e quimioterápicos, mas principalmente de diagnósticos precoces. O problema é que a fila de espera para a realização de exames e tratamento é imensa e no caso de tumores mais agressivos, o paciente não pode esperar porque o tumor cresce e o tratamento possivelmente não será tão eficaz quanto se começasse ainda no início. Em estágio avançado, o tratamento torna-se muito mais dispendioso ao sistema de saúde.
Foi pensando neste quadro que o deputado estadual Milton Vieira elaborou o projeto de lei Fila Zero, que prevê prioridade absoluta na realização de exames de radioterapia, ressonância magnética e tratamento de quimioterapia nos hospitais da rede pública em pacientes diagnosticados com câncer. “Hoje, por exemplo, há demora de até um ano para a realização de exames e para o tratamento com a quimioterapia. E dependendo do tipo de câncer, ele pode avançar muito e levar o paciente a óbito enquanto aguarda na fila”.
O projeto de lei Fila Zero já foi aprovado pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo e está para ser votado.
“Pretendemos diminuir o sofrimento dessas pessoas que em razão do longo tempo de espera, na maioria das vezes, têm uma piora no seu quadro clínico, obrigando a rede pública a gastar muito mais dinheiro com as internações e cirurgias de emergência. Tudo em razão da demora para diagnosticar doenças que poderiam ter sido tratadas com antecedência”, diz ele.
Para saber mais a respeito da atuação parlamentar do deputado acesse www.miltonvieira.com.br