Redação Scriptum com Agência SP
Sob a gestão do secretário Eleuses Paiva, liderança do PSD, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo investiu R$ 3,8 milhões na compra do dispositivo robótico LokomatPro Sensation, referência mundial em reabilitação de pessoas com problemas de mobilidade. O equipamento foi encaminhado para a Rede de Reabilitação Lucy Montoro de Diadema, na região do ABC paulista, e vai ajudar pacientes com sequelas de acidentes vasculares cerebrais, doenças neurológicas, lesões medulares, Parkinson e traumatismo craniano encefálico. De acordo com a secretaria estadual de Saúde, cerca de 150 pacientes da unidade serão beneficiados pela tecnologia. No Brasil, existem apenas dois aparelhos desse tipo disponíveis.
Inicialmente, o Lokomat é acoplado ao paciente para fazê-lo andar sobre uma esteira rolante. O paciente é içado por um suporte que sustenta a cintura pélvica e conta com duas órteses para os membros inferiores, possibilitando que ele utilize as articulações do quadril e do joelho.
Já sobre a esteira rolante, e com auxílio de um fisioterapeuta, o usuário é estimulado a se locomover em um treinamento intensivo. O tratamento inclui o uso de gameterapia, técnica terapêutica que utiliza jogos e desafia o paciente a melhorar sua performance. “É um marco significativo para a unidade, que só foi possível graças à dedicação de todos os profissionais. Desde a identificação da necessidade e a elaboração do projeto até o complexo processo de aquisição. Trata-se de um recurso tecnológico de altíssimo nível, que irá qualificar ainda mais o processo de reabilitação dos nossos pacientes”, afirma a diretora-geral da unidade, Marina Daminato.
Durante todo o tratamento, o paciente é monitorado por dois computadores que mensuram a qualidade do treinamento para o fisioterapeuta. “O equipamento agrega um complemento à terapia, com treino específico, direcionado e mensurável. Com muita repetição de movimentos e repetições de qualidade. Não substitui a fisioterapia convencional, mas traz importante ganho ao processo de reabilitação. A ideia não é o paciente saber andar ‘bonito’ na máquina, mas de forma correta, alinhada, com padrão de marcha e biomecânicas adequados”, explica a instrutora técnica e fisioterapeuta Débora Fragoso.
Experiência
Um dos primeiros pacientes a testar o robô foi Pedro Henrique de Souza Brandão, de 22 anos, morador de São Bernardo do Campo. Vítima de um acidente de moto que ocorreu há dois anos, ele realiza tratamento na unidade há um ano e sete meses. “A experiência foi muito boa e creio que irá beneficiar muitos pacientes como eu. Ainda tenho mobilidade reduzida, mas já melhorei bastante desde que iniciei o tratamento aqui. Não tinha o movimento do tronco e hoje consigo ter muito mais equilíbrio. Acredito que o novo aparelho irá me ajudar ainda mais nessa reabilitação.”