O jornal O Estado de S.Paulo publicou, nesta quinta-feira (10/7), reportagem em que informa que, em 35 dias consecutivos de captação de água, a Sabesp já retirou 26% dos 182,5 bilhões de litros do chamado volume morto do Sistema Cantareira.
A reportagem cita boletim do comitê anticrise que monitora a seca do manancial, do qual consta que até a quarta-feira (9/7) a empresa já havia consumido 47,3 bilhões de litros da reserva profunda das represas Jaguari e Jacareí, na cidade de Joanópolis, a cerca de 100 km da capital paulista.
Conforme o jornal, as obras necessárias para a captação inédita do volume represado abaixo do nível das comportas da Sabesp custaram cerca de R$ 80 milhões, sem licitação, e as bombas flutuantes foram acionadas no dia 15 de maio pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O bombeamento, contudo, só começou, de fato, em 4 de junho, um dia após o volume útil das Represas Jaguari e Jacareí zerar. Juntas, elas representam cerca de 80% da capacidade do Cantareira.
Ainda de acordo com o jornal, hoje restam 57 bilhões de litros do volume morto desses dois reservatórios. Se a queda do nível de armazenamento mantiver o mesmo ritmo, essa reserva deve se esgotar em cerca de um mês. A partir de então, a Sabesp deve começar a retirar 78 bilhões de litros do volume morto da Represa Atibainha, em Nazaré Paulista, a terceira em tamanho entre os cinco reservatórios do sistema.
O Estado informa ainda que, pelos cálculos mais pessimistas da Sabesp, todo o estoque do volume morto deve acabar até 27 de outubro. Nesse período, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) espera que as chuvas voltem a cair no manancial, normalizando os reservatórios. Desta forma, afirma a Sabesp, o abastecimento de água na Grande São Paulo estará garantido até meados de março de 2015.