Redação Scriptum
As pessoas costumam acreditar que para dar mais segurança a um espaço público – uma rua, uma praça, um bairro – é necessário apenas encher o lugar de policiais. Não é só isso. É necessária a articulação integrada entre a polícia e o município em intervenções de prevenção primária. “Garantir iluminação pública, zeladoria, ordem e silêncio urbano é um meio de as prefeituras contribuírem com a segurança nas cidades”, aponta o vereador paulistano e ex-comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo Marcelo Vieira Salles, personagem do Caderno Democrático Segurança nas cidades: só policiamento não basta, mais recente publicação da fundação de estudos e formação política do PSD, já disponível para leitura on-line ou download no site.
O fascículo traz a íntegra da entrevista dada pelo coronel Salles na reunião semanal dos consultores e colaboradores da fundação. Aos 56 anos, ele é profundo conhecedor das singularidades da segurança pública municipal. Além de comandante-geral da PM paulista, foi subprefeito da Sé – região que cuida da zeladoria do centro histórico de São Paulo – antes de chegar ao legislativo paulistano. Mestre e doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco, bacharel em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e formado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), agregou ao currículo experiências executiva e legislativa.
Para ele, mais do que dar segurança à população, o poder público tem que dar a sensação de que a cidade é segura. “São Paulo tem menos homicídios por 100 mil habitantes do que algumas importantes cidades americanas, Miami, Chicago e Nova York, por exemplo”, disse. “Mas a sensação de insegurança das pessoas, aqui, é maior que lá; este sentimento, em parte, se deve ao ambiente”.
Participaram da entrevista com o coronel Salles os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, a secretária nacional do PSD Mulher, Ivani Boscolo, o gestor público Januario Montone, o sociólogo Tulio Kahn e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação da fundação do PSD.