Com a chegada do deputado Walter Ihoshi (SP), que assumiu nesta terça-feira (3) sua vaga na Câmara Federal, a bancada do PSD chega ao total de 5 parlamentares. Além de Ihoshi, o Estado estará representado na casa por Ricardo Izar, Jefferson Campos, Herculano Passos e Antonio Goulart.
Walter Ihoshi, que está em seu terceiro mandato, continuará a luta em favor da desoneração de medicamentos. Segundo ele, a incidência de impostos sobre os remédios chega a 34% no Brasil. “Queremos praticar preços mais justos. Temos a convicção de que para financiar a saúde é necessário ter um mínimo de tributação, mas não concordamos com um percentual tão elevado. Acreditamos na essencialidade do medicamento e ela aponta para uma tributação no nível dos produtos da sexta básica. Estamos falando de 10% ou 12%. Essa é uma faixa razoável e pode contribuir com a saúde pública”, justificou Ihoshi.
Ele já afirmou também que irá trabalhar pela correção da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), uma das principais demandas das Santas Casas; na defesa do setor produtivo; e pela reforma tributária.
Por sua vez, em seu novo mandato, o deputado reeleito Ricardo Izar pretende defender algumas propostas inovadoras, além de continuar atuando na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e nas frentes parlamentares de Habitação e Desenvolvimento Urbano, dos Corretores de Seguro e dos Direitos Animais.
Entre as novas propostas estão as que estabelecem transporte público 24 horas e o Ficha Limpa 2 – para cargos de nomeação, e a valorização dos professores. Izar quer agilidade na aprovação desses projetos. “O Ficha Limpa 2 vai fazer com que as pessoas nomeadas para cargos públicos estejam quites com a Justiça, como já ocorre com os cargos eletivos. O transporte 24 horas e a valorização dos professores também são bandeiras que vou carregar”, garante.
Eleito deputado federal pela primeira vez pelo PSD em São Paulo, Herculano Passos tem um propósito muito bem definido para o seu mandato: garantir mais recursos para os municípios. Assim, ele é um intransigente defensor da revisão do Pacto Federativo, única forma que, acredita, permite a distribuição possa ser mais justa não só para os municípios, mas também para os Estados.
“Atualmente, de todos os impostos arrecadados por um município, cerca de 60% vão para União, 25% para os Estados e apenas 15% ficam no município”, explica ele, que conhece bem as dificuldades das prefeituras em obter recursos para investir em seus municípios. Herculano foi prefeito de Itu por dois mandatos consecutivos, entre 2005 a 2012.
O deputado federal Jefferson Campos tem como um dos objetivos do seu novo mandato colher assinaturas na Câmara para instaurar a CPI da Telefonia. Reeleito no último dia 5 de outubro, com 161.790 votos, para seu quarto mandato, o parlamentar do PSD de São Paulo argumenta que o serviço prestado pelas companhias telefônicas gera muitos aborrecimentos ao consumidor. “A telefonia no Brasil tem alto custo e, mesmo assim, são muitos os problemas para completar uma simples ligação”, aponta o deputado. Ele acredita que não terá dificuldades para colher as assinaturas, porque mesmo na Câmara Federal recebe reclamações sobre o serviço prestado pelas telefônicas. “Vamos investigar para saber o que aconteceu num modelo de concessão que era para ser algo moderno e hoje enfrenta um momento tão crítico; quero saber se existe alguma irregularidade e o que pode ser feito”, explica. Além de buscar soluções para os problemas da telefonia, Jefferson Campos afirma que dará prioridade a projetos em defesa da família.
Ele pela primeira vez para a Câmara Federal, Antônio Goulart tem no currículo uma série de projetos aprovados em São Paulo na área da educação. É dele, por exemplo, a lei que garante uniforme, kit escolar e tênis gratuitos para alunos da rede municipal. E a lei que obriga a cada escola municipal ter em seus quadros pelo menos um psicopedagogo, uma forma de identificar eventuais problemas psicológicos nos alunos, muitos deles responsáveis pelo atraso no aprendizado. “Quero aperfeiçoar essas ideias e outros projetos que já viraram lei e beneficiam milhares de pessoas aqui em São Paulo e leva-los para mais gente, em todo o Brasil”, diz o deputado eleito. “Fala-se tanto em ensino de tempo integral, mas como fazer isso com as escolas no estado em que elas estão?”, pergunta ele. “É preciso melhorar a estrutura desses locais com a instalação de bibliotecas, refeitórios e o que mais for preciso para que o aluno possa ficar o dia inteiro”. Goulart antecipa que vai se empenhar também pela valorização dos professores.