Serviços de acolhimento retrocedem na Capital


Num período em que São Paulo tem enfrentado frio intenso, a atual gestão da Prefeitura de São Paulo vem enfrentando críticas pelos retrocessos experimentados na área social.

15/06/2016

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Num período em que São Paulo tem enfrentado dias e, principalmente, noites de frio intenso, com temperaturas bem abaixo de 10° C, a atual gestão da Prefeitura de São Paulo vem enfrentando críticas pelos retrocessos experimentados na área social. Nesta terça-feira (14), os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo trouxeram reportagens criticando os poucos avanços da atual administração no acolhimento à população de rua e as ações da Guarda Civil Metropolitana que retiram cobertores e pertences das pessoas que buscam se aquecer nas ruas da capital paulista.

O número de pessoas dormindo nas ruas subiu, destaca a Folha. Ao mesmo tempo, as vagas para acolhimento nesta administração diminuíram. Ao final de 2012 havia aproximadamente 11 mil vagas, sem contar aquelas emergenciais, abertas durante o período de frio mais intenso. Atualmente, segundo a administração municipal, são 10 mil vagas.

Entre 2009 e 2012 foram criados 16 novos centros de acolhida, 9 deles na região central. No mesmo período, a Prefeitura de São Paulo passou a contar com cerca de 400 novos serviços, o que resultou em cerca de 2200 novas vagas específicas para a população em situação de rua.

Com fechamento de tenda no Pq. Dom Pedro II, pessoas perderam atendimento

Com fechamento de tenda no Pq. Dom Pedro II, pessoas perderam atendimento

A atual gestão também encerrou as atividades dos Espaços de Convivência, modelo inédito de atendimento para as pessoas que se recusam a ir aos Centros de Acolhida por conta de algumas exigências, como horários fixos de entrada e saída e banho obrigatório. As oito unidades funcionavam como porta de entrada aos moradores em situação de rua e permitiam que eles se sentissem livres para voltar quando quisessem. Nesses locais eram oferecidos serviços de banho, descanso, tv, lazer. O intuito era fazer com que, aos poucos, os frequentadores retornassem espontaneamente, até estarem prontos para uma acolhida mais concreta.

A reportagem destaca que ao menos quatro moradores de rua morreram durante a onda de frio dos últimos dias. “A Prefeitura precisa dar uma resposta ao problema de acolhimento”, afirma Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, ligada à Igreja Católica, que diz que os atendimentos à população de rua caíram na atual gestão. “Ele fechou tendas [os Espaços de Convivência], fechou mais vagas do que criou. E os albergues continuam burocratizados, afastando uma população heterogênea como a de rua.”

Sobre a Guarda Civil Metropolitana, relata o Estadão, moradores de rua reclamam das ações em que são retirados cobertores, colchões e papelões, que são usados como proteção contra o frio por quem dorme nas ruas.

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