Prefeitura suspende contratos e parques ficam sem segurança


Desde a semana passada, 19 unidades administradas pela Prefeitura estão sem funcionários terceirizados que cuidavam da segurança em locais como o parque da Luz, no Centro, e o Ibirapuera, na Zona Sul.

03/08/2016

FacebookTwitterWhatsApp

Os parques municipais de São Paulo estão sem serviços de segurança. Desde a semana passada, 19 unidades administradas pela Prefeitura estão sem funcionários terceirizados que cuidavam da segurança em locais como o parque da Luz, no Centro, e o Ibirapuera, na Zona Sul. Neste, o maior da cidade, 204 seguranças que atuavam no local foram demitidos pela empresa depois que os contratos foram suspensos pela Prefeitura.

De acordo com o sindicato que reúne essas empresas de segurança, outros 20 parques municipais devem ficar sem o serviço até o fim desse mês, caso os contratos, que estavam em período de vigência, não sejam retomados. A atual gestão municipal vem sofrendo com a administração dos parques da cidade. Em abril deste ano, o problema foi com os contratos de limpeza e zeladoria.
Os parques ficaram sem manutenção e com lixo acumulado. O despreparo da administração municipal deixou os contratos se encerrarem sem um plano para que os serviços continuassem a ser prestados. Frequentadores relataram problemas em parques como Buenos Aires e Aclimação, no Centro.

Gestão Kassab tratou parques como prioridade

Parque do Povo, criado na gestão Kassab.

Parque do Povo, criado na gestão Kassab.

A situação atual contrasta com o aumento de investimentos realizado na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab nos parques da cidade, que passaram de 34 para 100 unidades. Entre 2006 e 2012, foram criados 24 parques lineares, que recuperaram áreas de várzea e reduzem a incidência de enchentes, com aumento da capacidade de absorção de águas das chuvas. A cidade ganhou também uma média de 200 mil árvores plantadas anualmente, ou dez vezes mais que a média de plantio até 2004. A quantidade de áreas protegidas saltou de 15 milhões de metros quadrados, em 2005, para 25 milhões de metros quadrados, em 2012.

Todos os parques da cidade receberam reformas, como trocas de gradil, revisão de instalações elétricas e hidráulicas, pintura, serviços de alvenaria, trocas de piso e reformas de calçadas. O Parque da Aclimação recebeu investimentos de R$ 4 milhões em melhorias. No parque do Carmo foi instalada uma escultura de granito, do artista japonês Kota Kinutani, simbolizando os laços entre Brasil e Japão, pelo centenário da imigração japonesa. No Ibirapuera, foram executadas importantes intervenções na marquise, parte do projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer. Os parques receberam ainda adequações para promover acessibilidade universal.

Na administração Kassab, foi executado um amplo levantamento de áreas verdes no território paulistano com objetivo de desapropriar essas áreas e transformá-las em parques municipais. Ao longo desse processo, foram criados parques das mais diversas dimensões e um plano que, se executado, permitiria à cidade contar com mais 130 milhões de metros quadrados em áreas verdes nos próximos anos. Foram publicadas mais de 50 declarações de utilidade pública (a chamada DUP, primeiro passo para o processo de desapropriação) para a implantação de parques. Foram deixados ainda R$ 40 milhões no Fundo Especial do Meio Ambiente (Fema) para essas desapropriações. Entre as áreas cujas DUPs expiraram estão o terreno que receberia o Parque Augusta, na região central da cidade, e outros cinco no bairro Parelheiros.

FacebookTwitterWhatsApp

COMENTÁRIOS

Deixe seu comentário!




Tem notícia do PSD? Mande para a gente!

    Ao enviar meus dados, estou de acordo com a utilização deles para fins de comunicação.

    Ou envie por email para redacao@psd.org.br

    FacebookTwitterWhatsApp