No início do período de chuvas, Prefeitura reduz serviços de varrição


Corte nos repasses, de acordo com sindicato dos trabalhadores, será de R$ 45 mi para R$ 22,5 mi. Serviço reduzido deve agravar problema de enchentes e provocar demissões.  

10/11/2016

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No início do período de chuvas na cidade, a Prefeitura de São Paulo determinou redução no pagamento dos contratos de varrição pública. O objetivo, segundo reportagem do Estado de S. Paulo, é economizar recursos para conseguir fechar as contas de 2016. Sindicatos dos trabalhadores do setor afirmam que o corte, segundo eles metade do valor pago, de R$ 45 milhões para R$ 22,5 milhões, provocará a demissão de 3 mil funcionários, além da piora na qualidade do serviço.

Funcionários realizam limpeza de boca-de-lobo.

Funcionários realizam limpeza de boca-de-lobo.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco) diz que foi informado no início da semana que os serviços seriam reduzidos a partir desta sexta pela metade. De acordo com o presidente do sindicato, as empresas que trabalham para a administração municipal, Inova e Soma, informaram que teriam de reduzir o número de funcionários com a queda nos serviços. Dos 12 mil empregados, até 6 mil seriam demitidos, número que foi reduzido para 3 mil, inicialmente.

A Prefeitura confirma redução nos serviços, mas informa que o corte será de 13,5% nos meses de novembro e dezembro, período de chuvas intensas. A redução dos serviços de varrição pode agravar o problema de enchentes na cidade.

“A varrição inclui a limpeza das bocas de lobo. O que não é varrido vai para as galerias e, de lá, para os rios. Provoca-se uma obstrução no sistema de drenagem”, afirma o engenheiro Luiz Fernando Orsini, autor do Plano de Drenagem Urbana de São Paulo.

Ele destaca que a eventual economia nos serviços de varrição termina por encarecer o trabalho como um todo. “Se as galerias estão obstruídas, elas precisam ser limpas, e os rios também. A limpeza das galerias é feita de uma forma muito mais difícil e fica mais cara do que a varrição de rua”, destaca o engenheiro.

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