Análise do TCM aponta falhas em 70% dos serviços de tapa-buraco


Levantamento do Tribunal de Contas do Município apontou problemas em todas as amostras analisadas entre setembro de 2015 e fevereiro deste ano. Serviço custa R$ 500 mil por dia na cidade e foi reduzido por falta de verbas.

24/11/2016

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O Tribunal de Contas do Município fez um levantamento do serviço de tapa-buracos realizado pela Prefeitura entre setembro de 2015 e fevereiro deste ano e constatou que 70% das intervenções são inadequadas e precisam ser refeitas. De acordo com reportagem da TV Globo, a Prefeitura de São Paulo gasta R$ 500 mil por dia para tapar buracos, segundo o  Tribunal.

No levantamento foram analisadas 30 amostras de asfalto nas regiões da Freguesia do Ó, Brasilândia, Casa Verde, Vila Maria, Vila Guilherme, Penha, Itaquera, Ipiranga, Capela do Socorro e Campo Limpo. Nenhuma das amostras coletadas atendeu todos requisitos necessários. O índice de compactação estava abaixo do aceitável, a qualidade da massa asfáltica era inadequada ou o índice de deformação estava fora das especificações.

buracosA reportagem mostra que os motoristas que trafegam pelas ruas Arcipreste Ezequias e a Huet Bacelar, no Ipiranga, e na rua República do Iraque, no Brooklin, na Zona Sul, sofrem com a péssima qualidade do pavimento. Os moradores chegam a colocar pedaços de madeira para alertar os motoristas.

O asfalto é produzido na Usina da Prefeitura de São Paulo e aplicado por empresas contratadas. Recentemente a Prefeitura admitiu ter reduzido a produção da usina por problemas financeiros.

A capital possui aproximadamente 17 mil quilômetros de vias. De acordo com a apuração do TCM, não há evidência da presença de engenheiro responsável da empresa durante a execução da operação tapa buraco, o que caracteriza falta grave. Além disso, destaca que o registro fotográfico que deve ser feito dos buracos tapados, para comprovação, não apresenta as três fotografias necessárias, que atestem a situação antes, durante e depois do conserto. A exigência está prevista em contrato.

O relatório do Tribunal conclui que “fica evidente a necessidade de melhoria na qualidade da mistura asfáltica e na sua aplicação, garantindo correto emprego do dinheiro público”.

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