Meirelles vai à UGT para debater reforma da Previdência


Em encontro com Ricardo Patah, na sede da União Geral dos Trabalhadores, ministro da Fazenda apresentou a proposta do governo e defendeu diálogo com a sociedade

07/12/2016

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Além de Patah e Meirelles, também participou do debate o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano

Além de Patah e Meirelles, também participou do debate o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano

A UGT (União Geral dos Trabalhadores), presidida por Ricardo Patah, coordenador nacional do PSD Movimentos, foi a primeira central sindical escolhida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para debater as mudanças que o governo está propondo para a Previdência. Em encontro que reuniu lideranças sindicais e políticas, como a coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, o ministro Meirelles voltou a defender a reforma da Previdência como caminho para reequilibrar as contas públicas e para a retomada da economia.

Ele afirmou que o governo está aberto a debater a proposta de mudanças na aposentadoria no Congresso. “Essa é uma proposta para início de debate e vamos debater. Quanto mais amplo o debate, melhor. Por isso, estou aqui”, disse o ministro. Segundo ele, a equipe econômica apresentou uma proposta técnica, mas que não constitui uma imposição.

Meirelles destacou que a proposta de reforma previdenciária representa o início de uma conversa “calma, tranquila e importante” com a sociedade. Também assinalou que o governo tem feito sua parte para conter a evolução das despesas públicas – citando a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a ser votada no Senado, que limita os gastos públicos. Contudo, repetiu que a PEC não vai funcionar por muito tempo sem a reforma da Previdência.

Encontro na UGT teve participação de lideranças sindicais e políticas

Encontro na UGT teve participação de lideranças sindicais e políticas

Ricardo Patah, por sua vez, defendeu o diálogo em torno da reforma e criticou a idade mínima de aposentadoria de 65 anos estabelecida na proposta encaminhada pelo governo ao Congresso. Segundo ele, a principal reivindicação é uma Previdência única e sem privilégios. “A unificação dos regimes previdenciários é a única questão que valorizamos e aceitamos”, afirmou o coordenador do PSD Movimentos.

Patah, que representa trabalhadores dos setores de comércio e serviços, lembrou que, diferentemente da proposta de emenda constitucional que estabelece um teto aos gastos públicos, a reforma da Previdência toca numa questão mais sensível, por envolver o sonho de milhões de brasileiros.

Segundo ele, embora a Previdência precise de ajustes para que não faltem recursos para pagar aposentados, a reforma não pode se dar de forma apressada, lembrando que é preciso discutir questões como a idade mínima de 65 anos, pois isso prejudica populações de alguns Estados do Nordeste, cuja expectativa de vida é de 67 ou 68 anos.

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