Abandonada, Escola de Marcenaria ameaça desabar


O prédio, no Parque Anhanguera, na Zona Norte, está abandonado há mais de três anos pela Prefeitura. A estrutura, concluída em 2012 de forma ecológica, corre risco de desabar.

02/06/2016

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O prédio onde deveria funcionar a Escola Municipal de Marcenaria, no Parque Anhanguera, na Zona Norte, está abandonado há mais de três anos pela Prefeitura de São Paulo. A estrutura, concluída em 2012, corre risco de desabar. É o que mostra reportagem do jornal Agora SP. A escola foi construída em projeto ecológico, com troncos de eucalipto e barro, a partir de uma técnica japonesa de taipa. No local deveria estar funcionando a escola de marcenaria para aproveitar os troncos dos eucaliptos do parque, que são permanentemente substituídos por vegetação nativa. Lamentavelmente, nunca chegou a funcionar.

O prédio da Escola de Marcenaria em fase final de obras, em agosto de 2012.

O prédio da Escola de Marcenaria em fase final de obras, em agosto de 2012.

A obra começou em 2011 e foi concluída em 2012, na gestão do prefeito Gilberto Kassab e recebeu investimentos de R$ 3,5 milhões, oriundos da venda de créditos de carbono provenientes da queima de gás metano, para geração de energia, do Aterro Bandeirantes. Abandonado, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) avaliou a estrutura em 2015 e o laudo diz que a escola ameaça cair. O prédio foi entregue pronto à atual gestão, que precisava firmar um convênio de parceria para que o curso previsto pudesse ser oferecido ao público, dentro do projeto original.

O prédio foi projetado e construído de forma inovadora, elaborado em parceria com a Escola da Cidade. A estrutura foi erguida com troncos de eucalipto certificado, com construção ecológica, todas as paredes foram feitas de taipa, a partir da técnica japonesa tsuchi kabe, em que camadas de uma mistura de barro e capim seco são aplicadas em uma treliça de madeira, entremeadas por tela de juta.

Desenvolvido para maximizar o aproveitamento de luz natural, o projeto promove a economia de energia elétrica. Por sua estrutura sustentável, diferente das demais construções realizadas anteriormente, o prédio da Escola de Marcenaria demandava manutenção diferenciada, que deveria ser realizada periodicamente pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

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