Coronel Camilo defende melhoria nas armas da PM


Vice-presidente da Comissão de Segurança e Assuntos Penitenciários da ALESP, o deputado também é favorável à abertura ao mercado internacional

28/04/2016

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O deputado também é favorável à abertura ao mercado internacional

Durante sessão da Comissão de Segurança e Assuntos Penitenciários da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizada na quarta-feira (27), o deputado estadual coronel Camilo, vice-presidente da Comissão, defendeu a melhoria das armas utilizadas pela Polícia Militar de São Paulo, em especial da pistola .40 da Taurus e da metralhadora SMT-40. Ambas já foram objeto de diversas críticas e denúncias pelos policiais nos últimos anos.

Entre os problemas relatados pelos policiais, os mais graves são o disparo acidental da arma, o travamento do estojo durante o uso e estouro de cano ao efetuar o disparo. As falhas foram verificadas nos modelos de pistola .40, 24/7, 640 e na submetralhadora SMT-40.

Os defeitos nos modelos foram confirmados pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), que adquiriu a fabricante Taurus em janeiro do ano passado. A CBC realizou o recall de cem mil pistolas em todo o Estado, o que já melhorou o armamento. A pistola .40, com poder de fogo e de parada muito maior que o antigo revolver .38, é a arma oficial da polícia.

O deputado recebe reclamações dos policiais sobre falhas dos armamentos.

O deputado recebe reclamações dos policiais sobre falhas dos armamentos.

A CBC alega que, até o momento, recebeu apenas quatro denúncias formais da PM contra a pistola. No entanto, Camilo relata que recebe, por e-mail e redes sociais, queixas dos policiais contra a pistola Taurus. Um vídeo recente enviado à Comissão exibe o momento da abordagem de um policial a um criminoso durante um assalto, quando o acionamento da pistola falhou. Sem conseguir efetuar o disparo para se defender, o policial foi atacado pelos bandidos.

“Precisamos investigar por que as denúncias dos policiais não estão chegando à direção da CBC/Taurus ou por que os casos não estão sendo apurados”, afirmou o coronel, que sugeriu à empresa um posicionamento proativo diante da situação. “Não podemos esperar que a arma apresente um problema para agir. A falha da pistola pode custar a vida do policial, e não se pode voltar atrás e recuperar uma vida perdida”, afirma. Ele defende a inspeção sistemática e periódica das armas, por amostragem, pela empresa, independente de denúncia.

A Companhia Brasileira de Cartuchos/Taurus detém o maior mercado na venda de armamento para as polícias no Brasil, tendo uma reserva de mercado, por determinação do Ministério da Defesa. Coronel Camilo irá propor à Área Federal a mudança dessa situação: “Não podemos proteger a indústria nacional se isso colocar em risco a vida dos nossos policiais”, afirmou.

Estavam presentes na Comissão Salesio Nuhs, Diretor da CBC, e Eduardo Minghelli, Diretor de Marketing da Taurus, que foram questionados pelos membros parlamentares.

Veja algumas reportagens sobre falhas na pistola Taurus:

A Taurus atira no escuro

Disparos acidentais, brigas e prejuízos na Taurus

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