Crise facilita avanço da tecnologia na gestão pública


Em palestra sobre Big Data, empreendedor mostra como o uso de dados disponíveis na internet pode tornar mais eficientes as cidades e os governos, beneficiando os cidadãos

07/04/2017

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Gustavo Sanchez-Palencia falou sobre o conceito de Big Data, um dos pilares de projetos de Cidades Inteligentes, que são experiências de uso intensivo de tecnologias de comunicação e informação na gestão urbana e nas ações sociais.

A crise ajuda. A falta de dinheiro está empurrando prefeituras e governos em direção ao aproveitamento do potencial das novas tecnologias no sentido de tornar mais eficiente a gestão pública, ao mesmo tempo em que reduz custos. A afirmação é do criador de start-ups Gustavo Sanchez-Palencia, palestrante do Encontro Democrático realizado nesta quinta-feira (6) no Espaço Democrático – a fundação do PSD para estudos e formação política.

Transmitido ao vivo pela página do Espaço Democrático no Facebook, o encontro tratou das possibilidades oferecidas pelas novas ferramentas de processamento de dados na busca de soluções tecnológicas para os gargalos da gestão pública.

Os Encontros Democráticos vêm sendo realizados há mais de dois anos com o objetivo de debater temas de interesse da sociedade, com impacto direto na atuação daqueles que estão ou pretendem entrar na vida pública. O propósito final é produzir conhecimento por meio da divulgação de boas práticas de gestão. As palestras e debates são publicadas na íntegra no site do Espaço Democrático.

De acordo com Gustavo Sanchez-Palencia, “a etapa dificil atravessada pelo país nos últimos anos vai facilitar o processo de avanço das soluções tecnológicas como forma de tornar a gestão pública mais eficiente”. Além disso, completou, “há também o apoio dos mais jovens nesse processo, pois existe um movimento forte para exigir dos administradores soluções mais rápidas e certeiras para as questões urbanas”.

A coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, com base em sua experiência como vice-prefeita de São Paulo e secretária estadual de Assistência Social, entre outras funções públicas, lembrou as limitações impostas pela lei aos administradores públicos. Para ela, a lei das licitações, por exemplo, nem sempre permite que o gestor escolha o fornecedor mais capacitado. “A lei obriga à contratação pelo menor preço, facilitando a entrada de empresas nem sempre competentes ou capazes de realizar o serviço. Ou seja, o gestor público está preso a uma lei que não está adequada à nova realidade”, afirmou.

Em sua palestra, Gustavo Sanchez-Palencia falou sobre o conceito de Big Data, um dos pilares de projetos de Cidades Inteligentes, que são experiências de uso intensivo de tecnologias de comunicação e informação na gestão urbana e nas ações sociais. Ele explicou que Big Data, ou processamento de grandes quantidades de informação, se tornou possível graças ao barateamento do armazenamento de dados propiciado pelo Google. “A partir daí, foi possível enxergar muitas possibilidades de uso desse volume de informação na busca de soluções tecnológicas para problemas e necessidades urbanas”, disse.

Ele citou como exemplo dessas soluções o aplicativo Waze, de informações sobre o trânsito nas grandes cidades. “Até mesmo o DER usa o Waze para avisar usuários de estradas sobre problemas na pista; é uma amostra de como ajudar a resolver problemas urbanos melhorando a vida dos cidadãos”, afirmou.

Os Encontros Democráticos vêm sendo realizados há mais de dois anos com o objetivo de debater temas de interesse da sociedade, com impacto direto na atuação daqueles que estão ou pretendem entrar na vida pública.

Outro exemplo, segundo ele, são as possibilidades de racionalização dos serviços de saúde pública. “É possível criar algo que permita alocar recursos para postos de saúde conforme as necessidades de cada local, acompanhando a situação de cada lote de remédios em termos de consumo e vencimento ao mesmo tempo que se melhora o atendimento da população e evita desperdício de recursos”, explicou.

Palencia acredita que a resistência a inovações como essas está diminuindo no setor público. “As prefeituras, pressionadas pela crise financeira, estão começando a entender o potencial dessa ferramenta para tornar a gestão mais barata e eficiente, mas existem muitas dúvidas e receios sobre a questão da privacidade, por exemplo”, concluiu.

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