Orçamento proposto para Transporte em 2017 é insuficiente


Se não houver adequação na proposta orçamentária, tarifa terá de ir a R$ 4,40. Contrário ao aumento, José Police Neto defende correção da diferença de mais de R$ 760 milhões entre o projeto apresentado pela Prefeitura e os gastos já realizados neste ano em subsídios.

30/11/2016

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A Câmara Municipal debateu na manhã desta quarta-feira (30) a tarifa de ônibus na capital paulista e o subsídio para o setor em 2017. De acordo com relatório produzido por técnicos da Câmara a pedido da Comissão de Trânsito e Transporte, que promoveu o debate, a atual tarifa de R$ 3,80 causará impacto de R$ 769,5 milhões maior do que o previsto no orçamento da Prefeitura em 2017. Este valor teria de ser suplementado aos R$ 1,75 bilhão previstos no projeto em discussão no Legislativo para subsidiar o sistema.

police-transporte3O presidente da Comissão de Trânsito e Transporte, vereador José Police Neto (PSD), destacou a importância de se buscar, na aprovação do orçamento de 2017, uma definição sobre o preço da tarifa e da origem dos recursos para bancar os subsídios do sistema de transporte. “Acho que essa é uma responsabilidade que os vereadores têm de ter. Não me parece adequado entregar para o cidadão, ao final da votação aqui, uma tarifa de R$ 4,40. Esse valor não contará com o meu voto, e parece que não contará com o voto de nenhum dos vereadores da Comissão de Transporte”, afirmou Police.

O vereador destacou que, com a atual proposta, a conta não fecha. “Acho que ficou claro no dia de hoje que faltam mais de R$ 760 milhões para uma conta fundamental, que é a conta da circulação da cidade. A Secretária de Finanças, que participou da nossa reunião hoje, deixou bem claro que neste ano já foram empenhados e liquidados mais de R$ 2,4 bilhões. Estamos falando, portanto, de um recurso que já foi gasto com uma tarifa de R$ 3,80. Se a tarifa do ano que vem for a mesma, teremos o mesmo gasto”, explicou.

police-transporte2Ele ressaltou ainda que a conta deve ser ainda maior com a inflação e gratuidades, previstas em decreto do executivo, para desempregados. “Teremos pressão no custo do sistema de transporte público a partir dessas gratuidades, e a Câmara tem de ter a responsabilidade de colocar o dinheiro para suportar isso. É doloroso para a Câmara encontrar de onde tirar? É, mas tem de ter a responsabilidade de encontrar”, afirmou. Os pontos levantados no debate serão encaminhados à Comissão de Finanças , a fim de se encontrar uma solução para este impasse.

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