18/04/2014
A presidente da Sabesp, Dilma Pena, vai ter que explicar para os vereadores da Câmara de São Paulo os motivos do racionamento de água que comprovadamente vem acontecendo na cidade, mas que a empresa não admite. A iniciativa para o convite da gestora da empresa, de José Police Neto, vereador do PSD, já foi aprovada pela Comissão de Política Urbana, Metropolitana e de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo.
O pedido foi baseado em reportagens publicadas na imprensa, relatando que várias regiões da cidade estão com o volume de água reduzido em 75% entre a meia-noite e 5h.
Segundo o vereador, a cidade deve receber explicações sobre o contrato que foi assinado na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, entre a Sabesp e o município. “A Câmara tem obrigação de investigar se houve quebra do contrato e violação da lei que permitiu a celebração do acordo de fornecimento de água”, afirma o vereador.
O contrato – o primeiro assinado entre a Sabesp e a Prefeitura na história da cidade – estabeleceu uma série de contrapartidas, entre elas a obrigatoriedade de a Sabesp investir, anualmente, 13% do faturamento bruto da companhia na cidade no sistema de abastecimento de água. “Nos últimos 18 meses não temos recebido informações sobre onde esse dinheiro está sendo investido; queremos que a Sabesp esclareça isso, afinal há uma relação formal entre a empresa e o município”, diz ele.
José Police Neto questiona: se o investimento está sendo feito, por qual razão a cidade está desabastecida e vai ser usado o “volume morto”, reserva não utilizada no sistema de captação por estar abaixo do nível de canalização, exigindo bombeamento, o que traz grande risco de problemas sanitários e de destruição do manancial da Cantareira?
A Comissão de Política Urbana ainda não definiu a data para o depoimento da presidente da Sabesp.
Link: https://psd-sp.org.br/saopaulo/police-neto-quer-explicacao-da-sabesp-sobre-racionamento-de-agua/
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