11/11/2016
Lançado em maio de 2011 pela gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo, o Programa de Proteção ao Pedestre reduziu em 40% índice de mortes por atropelamentos na região central da capital paulista, onde vigorou por mais tempo. Engavetado pela atual administração, ele deve ser retomado na próxima gestão. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, Sérgio Avelleda, futuro secretário de Transportes e Mobilidade da gestão João Doria, já decidiu que a cidade de São Paulo voltará a ter um programa de proteção ao pedestre.
Apesar dos resultados expressivos e do baixo custo de implantação, o programa foi abandonado pela atual gestão. De acordo com a reportagem, o programa foi descontinuado pela atual gestão “por seu êxito ser associado ao prefeito anterior (Kassab)”. “Ainda não sabemos se os ‘mãozinhas’ voltarão naqueles termos, mas os princípios do programa serão resgatados”, afirmou o futuro secretário, referindo-se às placas em formato de mão usadas na orientação de pedestres e motoristas.
Programa reduziu mortes por atropelamento
Em 11 de maio de 2011, foi lançado o Programa de Proteção ao Pedestre para reduzir os acidentes na capital, por meio do estímulo a uma cultura de respeito ao pedestre, alimentada por uma grande campanha educativa, reforço na fiscalização e adoção de ações de engenharia. No ano anterior, a cidade de São Paulo havia registrado 7.007 atropelamentos, que resultaram na morte de 630 pedestres – o equivalente a 46,4% das 1.357 mortes em decorrência de acidentes de trânsito na cidade em 2010.
No primeiro ano do programa, as ações de cunho educativo de respeito ao pedestre contribuíram para a queda de 40% de atropelamentos com mortes na região central e da avenida Paulista e de 10,7% no município de São Paulo, comparado com o mesmo período anterior. Entre 11 de maio de 2011 e 10 de maio de 2012, foram 24 mortes de pedestres na área central ante 40 no período anterior. O programa também registrou redução de 34,3% no número de atropelamentos na região central/Paulista. Foram 424 atropelamentos registrados nessa região de 11 de maio de 2011 a 10 de maio de 2012 ante 645 no período anterior.
A redução de vítimas de atropelamentos se manteve em 2013 na cidade de São Paulo. Em 2005, morreram 748 pessoas, vítimas de atropelamentos, e em 2013, 514, redução de 31,3% no período. A estatística mostra que a queda do número de mortes foi também significativa no total de acidentes de trânsito – incluindo pedestres, motoristas, passageiros e motociclistas. Em 2013, foram 1.152 casos, ante 1.505 em 2005, redução de 23,5%.
Mais de 1.000 orientadores para a travessia de pedestres foram colocados em importantes pontos de travessia da cidade com o objetivo de aumentar o nível de atenção de pedestres e motoristas. Além disso, a fiscalização foi intensificada.
Para garantir segurança na travessia das pessoas, a sinalização foi melhorada, com recuperação da pintura de mais de 20 mil faixas de pedestres e a instalação de outras nas imediações das escolas. Também foram feitas campanhas de divulgação dentro dos terminais de ônibus para atingir as pessoas que usam transporte público.
Link: https://psd-sp.org.br/saopaulo/programa-de-protecao-ao-pedestre-deve-ser-retomado-na-proxima-gestao/
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