Atendimento do SAMU fica mais lento na capital


Tempo de atendimento cresceu em quatro das cinco regiões da cidade. Nas zonas Sul e Centro-Oeste, tempo médio é superior aos parâmetros internacionais recomendados, de até 12 minutos.

24/05/2016

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de São Paulo está demorando mais para socorrer quem precisa de atendimento com prioridade absoluta, situação conhecida como Nível 1. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, em 2015 a demora cresceu em quatro das cinco regiões da cidade. Na Zona Sul, o tempo médio é de 15 minutos, enquanto os parâmetros internacionais indicam que esse tipo de socorro deve acontecer em 10 a 12 minutos. O SAMU recebeu atenção especial durante a administração de Gilberto Kassab na prefeitura paulistana, entre 2005 e 2012: além de receber uma nova Central de Operações, o número de bases triplicou e a quantidade de ambulâncias dobrou. Como resultado, o tempo médio para atendimento caiu de 45 minutos para 10 minutos e a quantidade de atendimentos aumentou 83% no período.

Além de ter aumentado em quatro das cinco regiões, o tempo médio superou o padrão internacional em duas áreas em 2015: no centro-oeste foi de 13 minutos e 8 segundos e no sul foi 15 minutos e 8 segundos, aumento de quase 40%. Nos atendimentos de nível 1 do Samu –prioridade absoluta, para casos em que há risco de morte e requerem encaminhamento imediato da vítima ao hospital, quanto maior for espera, menores são as chances de sobrevivência e recuperação após situações de politraumatismo, como atropelamentos, por exemplo.

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Quantidade de ambulâncias do SAMU dobrou entre 2005 e 2012, durante a gestão Kassab

A gestão Kassab na Prefeitura revolucionou o atendimento do SAMU. O número de ambulâncias mais do que dobrou, passando de 61 em 2004 para 140 em 2012. O número de bases quase quadruplicou, saltando de 26 para 100, espalhadas pela cidade. As duas medidas foram fundamentais para reduzir o tempo de atendimento: despencou de 45 para apenas 10 minutos, em média, nos casos de prioridades, em que há risco de morte. Também proporcionou que mais chamados fossem atendidos: Em 2010 foram registrados cerca de 1,2 mil atendimentos por dia.

Em 2009 foi implementado o projeto de modernização do SAMU, tendo como resultado a maior Central de Operações da América Latina. Localizada no Bom Retiro, a nova Central contava com 30 postos de atendimento, novos equipamentos com moderna tecnologia e sistema de radiocomunicação. Além disso, a unidade também tem uma parceria com a Central de Operações dos Bombeiros, o que permite maior otimização na prestação de socorro em casos graves, como infartos, ferimentos com arma de fogo e acidentes com risco de morte.

Os chamados passaram a ser repassados entre as duas centrais, que se comunicam de maneira estratégica ao receberem a mesma chamada – tanto pelo telefone 192 quanto pelo 193. Isso evita duplas saídas e intervenções no mesmo atendimento, além de possibilitar que os dois serviços atendam qualquer ocorrência de maneira direcionada. Tal integração ocorre por meio de uma sala de videoconferência, em que os gestores das duas centrais podem organizar qualquer plano de contingência.

Todos esses avanços possibilitaram que em março de 2012 o SAMU-SP recebesse, da Academia Internacional de Despacho de Emergência Médica, o título de Centro de Despacho de Emergências Médicas de Excelência. O SAMU paulistano foi o primeiro serviço móvel de atendimento a urgências e emergências a receber essa certificação na América Latina.

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Nova Central aumentou eficiência do serviço, que recebeu acreditação internacional de qualidade.

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