Sem manutenção, Anhembi perde grandes feiras, eventos e público


Sem investimentos em manutenção, espaço sofre com goteiras, problemas elétricos e no piso. Organizadores reclamam da situação e quase todas as grandes feiras que aconteciam no local se mudarão até 2018.

24/11/2016

FacebookTwitterWhatsApp

O Anhembi, pavilhão de exposições da São Paulo Turismo (SPTuris), ligado à Prefeitura de São Paulo, vive um dos momentos mais difíceis de seus 46 anos. Sem receber serviços básicos de manutenção na atual gestão, o espaço vem perdendo grande parte de suas feiras e eventos, principalmente os de maior porte. Nas últimas semanas aconteceu pela primeira vez o Salão do Automóvel fora do Anhembi, que o sediava desde que foi inaugurado, em 1970.

Ao todo, 17 grandes feiras sairão do pavilhão de exposições até 2018. Outros 150 eventos menores não são mais realizados no complexo. Desde 2012, 1,4 milhão de pessoas deixaram de visitar o espaço. Apenas em 2015 foi registrada queda de arrecadação da ordem de 50%. De acordo com reportagem da Veja SP, a situação deve piorar. Das 25 maiores feiras que acontecem em São Paulo, dezoito ocorriam no Anhembi. Mas quase todas mudarão de endereço.

Duas migraram para o São Paulo Expo, na Zona Sul — o Salão do Automóvel e a Equipotel (hotelaria), realizada em setembro — e uma para o Expo Center Norte — a Têxtil House Fair, em agosto de 2015. Doze, como o Salão Duas Rodas (motos), a Francal (calçados) e a Feicon (construção), deixarão o lugar no ano que vem. Em 2018, a For Móbile (móveis) e a Feira da Mecânica também sairão do local. A Bienal do Livro ainda não decidiu seu futuro.

Uma das razões para a saída de eventos é a falta de investimentos em manutenção, que tem provocado reclamação de organizadores sobre o piso, goteiras e sistema elétrico. Em maio, na Feira de Mecânica, o teto não suportou a chuva e uma cachoeira ensopou a área. De acordo com os organizadores, que não realizarão mais a feira no local, o prejuízo foi de R$ 20 mil.

A debandada impacta a saúde financeira da empresa. A projeção é que, entre 2015 e 2016, o faturamento seja reduzido à metade, com R$ 51,5 milhões. Graças a eventos menores, como festas universitárias e pequenas feiras, o balanço ainda terminará do azul, de acordo com a SPTuris. Mas mesmo os eventos de menor porte estão deixando o local: de 300, em média, para apenas 150 em 2015.

FacebookTwitterWhatsApp

COMENTÁRIOS

Deixe seu comentário!




Tem notícia do PSD? Mande para a gente!

    Ao enviar meus dados, estou de acordo com a utilização deles para fins de comunicação.

    Ou envie por email para redacao@psd.org.br

    FacebookTwitterWhatsApp