01/11/2016
Movimentos de luta por moradia invadiram dez imóveis nessa segunda-feira (31), nas regiões Norte, Sul, Leste e Centro e ocuparam especialmente prédios da Prefeitura. De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, líderes do movimento afirmam que a ação foi um “recado” ao prefeito eleito. A ação é semelhante à realizada no fim de 2012 e início de 2013, quando dezenas de edifícios e imóveis foram invadidos.
Alguns, como o Hotel Cambridge, na avenida Nove de Julho, no centro, permaneceram ocupados durante a atual gestão inteira. Desapropriado em 2011, o Cambridge era um dos cerca de 50 prédios do projeto Renova Centro, desenvolvido pela gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab. Os prédios seriam convertidos em 2.500 moradias populares na região central.
A situação demonstra a fragilidade dos programas habitacionais desenvolvidos pela atual gestão. Das 55 mil unidades prometidas no programa de metas, apenas 12 mil foram entregues. E deste total, cerca de metade foi construída pela iniciativa privada, não pela Prefeitura.
Habitação, prioridade de fato.
Uma das principais marcas deixadas pela gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo foi no setor de habitação. Com investimentos de cerca de R$ 5,5 bilhões em ações que abrangeram a entrega de unidades habitacionais, eliminação de áreas de risco, obras de saneamento básico e proteção ambiental, a administração do ex-prefeito e atual presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD) beneficiou mais de 360 mil famílias em toda a cidade.
Além de trabalhar para reduzir o déficit habitacional da cidade, do ponto de vista urbanístico a gestão criou solução para o centro da cidade com o projeto Renova Centro que visava conciliar e equilibrar questões como habitação, emprego e completa infraestrutura. O projeto foi lançado em 2012 pela Secretaria Municipal de Habitação, com previsão de desapropriar 50 prédios para a construção de moradias populares.
Por meio do Plano de Urbanização de Favelas, entre 2005 e 2012 a Prefeitura investiu R$ 3 bilhões para garantir aos moradores dessas regiões acesso à cidade formal. Favelas e loteamentos irregulares foram transformados em bairros com ruas asfaltadas, saneamento básico, iluminação e serviços públicos.
Entre os projetos mais conhecidos desse programa estão Heliópolis e Paraisópolis, que eram as duas maiores favelas da cidade e agora são considerados bairros dotados de infraestrutura urbana e de serviços públicos. Somadas, as duas regiões abrigam população de 130 mil pessoas: 70 mil em Heliópolis e outras 60 mil em Paraisópolis.
Link: https://psd-sp.org.br/saopaulo/sem-teto-invadem-mais-dez-imoveis-na-capital-para-pressionar-nova-gestao/
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