Pesquisa reforça necessidade de programas para pedestres


Um em cada cinco atletas brasileiros na Paralimpíada foi vítima de acidentes trânsito. Programa de Proteção ao Pedestre, abandonado na atual gestão, reduziu em 40% o número de óbitos por atropelamento no centro da capital

06/09/2016

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As Paralimpíadas do Rio começam nesta quarta-feira (7/9) e, de acordo com levantamento de reportagem da Folha de São Paulo, o Time Brasil apresenta uma estatística preocupante: quase um em cada cinco atletas brasileiros ficou deficiente por causa de acidentes de trânsito e atropelamentos. Relatório da Organização Mundial de Saúde, com dados de 2013, aponta que o Brasil é o quarto país nas Américas que mais registra mortes em acidentes automobilísticos a cada 100 mil habitantes, atrás apenas de Belize, República Dominicana e Venezuela.

Para reduzir o número de vítimas do trânsito paulistano, especialmente entre os pedestres, o ex-prefeito Gilberto Kassab lançou em 2011 o Programa de Proteção ao Pedestre (PPP), que visava, através de ações educativas, provocar uma mudança de comportamento de motoristas e pedestres com relação à travessia de vias.

O programa, que foi pouco a pouco abandonado pela atual administração, reduziu em 40% o número de mortes por atropelamento no centro da capital paulista e em 18% os óbitos em acidentes de trânsito em geral nas áreas onde foi implantado. Em 2012, pela primeira vez desde 2005, o número de mortes por atropelamento na capital paulista ficou abaixo de 400 óbitos de pedestres no trânsito.

Kassab acompanha ações do Programa de Proteção ao Pedestre

Kassab acompanha ações do Programa de Proteção ao Pedestre

Palhaços e mímicos espalhados por alguns dos principais cruzamentos alertavam para a prioridade ao pedestre e ensinavam a fazer o “gesto da mãozinha” para o pedestre pedir passagem. O Homem-Faixa deu vida à faixa de pedestres, antes invisível para muitos motoristas, e divertiu a criançada nos parques e escolas. Monitores orientavam a travessia em locais estratégicos. Tudo isso junto ajudou a fazer o trânsito de São Paulo mais educado e solidário.

Além das ações educativas, o projeto focava na melhoria da sinalização, que foi reforçada com a revitalização e pintura de 20.266 faixas de travessia na cidade. Para facilitar a visibilidade dos pedestres à noite, as faixas de travessia também foram iluminadas e ampliadas.

Outra iniciativa do programa foi a alteração promovida em um grupo de semáforos para pedestres, relativa ao vermelho piscante. Ao todo, foram contemplados 2.343 cruzamentos até 2012, totalizando 81% daqueles que possuem estágios para pedestres, com a finalidade de proporcionar mais conforto e segurança na travessia de faixas semaforizadas.

Graças ao sucesso comprovado pelos números, em 2014 o Programa de Proteção ao Pedestre foi selecionado para concorrer ao  prêmio Mobilidade Minuto, da organização não-governamental Instituto Cidade em Movimento.

Trânsito mais seguro

Mas o PPP foi apenas parte do programa de segurança no trânsito da gestão Kassab. Para ajudar a reduzir as mortes, a Prefeitura também estudou detalhadamente as principais vias e, onde era possível, reduziu a velocidade máxima desses locais.

Nos principais corredores, a velocidade foi padronizada para garantir a segurança do pedestre, do motociclista, do ciclista e do próprio motorista.

Os estudos apontaram qual era a velocidade máxima segura em cada uma dessas vias de forma a minimizar os riscos de atropelamento e acidentes com vítimas. Somadas a redução da velocidade com o programa de proteção ao pedestre foi possível salvar ao menos uma vida por dia em São Paulo.

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