De acordo com a presidente da Sabesp, Dilma Pena, se não chover nos próximos dias, a primeira parte da reserva técnica pode acabar em meados de novembro.
Restam apenas 40 bilhões de litros de água da primeira cota da reserva técnica do Cantareira.   Foto: Vagner Campos

Restam apenas 40 bilhões de litros de água da primeira cota da reserva técnica do Cantareira. Foto: Vagner Campos

A chuva que atingiu a cidade de São Paulo neste domingo (19), de 23,9 mm, não foi suficiente para evitar que o índice do Sistema Cantareira continuasse caindo. Nesta segunda-feira (20), o sistema operava com 3,5% da sua capacidade. No final da semana passada, a Sabesp informou que restavam apenas 40 bilhões de litros de água da primeira cota da reserva técnica do Cantareira, que começou a ser retirada no dia 16 de maio.

Durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sabesp, na Câmara dos Vereadores, a presidente da companhia, Dilma Pena, afirmou que, se não chover nos próximos dias, a primeira parte da reserva técnica pode acabar em meados de novembro. A alternativa seria utilizar a segunda cota do volume morto, autorizada pela Agência Nacional de Águas (ANA) no último dia 17.

Cidades do interior do Estado já oficializaram a medida, como é o caso de Itu e Barretos. Guarulhos, por sua vez, adotou o rodízio: consumo é liberado um dia sim e outro não. Na capital paulista, muitos moradores reclamam de falta de água em diversos bairros.

Para diminuir o consumo, desde fevereiro a companhia concede descontos para consumidores do Sistema Cantareira que economizarem água.

Uso racional

Independentemente de a situação do Cantareira se normalizar nos próximos anos, é fato que a população precisa mudar os hábitos em relação ao consumo de água. De acordo com o site Planeta Sustentável, a porção de água doce que está disponível para consumo em todo o mundo é pequena: 0,26% (o que representa 13 gotas em um balde de 10 litros).

O site ressalta o alerta feito pela ONU de que, se não houver mudanças de hábitos no curto prazo, até 2030 quase metade da população global terá problemas de abastecimento – sem contar as 768 milhões de pessoas que já não possuem acesso à água potável e podem ficar em situação ainda mais complicada.

O desperdício, informa o site, começa na própria rede de distribuição, por conta de problemas como vazamentos e “gatos”: no Brasil, a cada 100 litros de água coletados, apenas 64 chegam ao seu destino.

econimizar agua

 

 

(com informações da Agência Brasil)