Princípios e valores em comum podem gerar ações conjuntas entre as duas instituições

Dirigentes e acadêmicos do Espaço Democrático discutem sobre possíveis ações conjuntas com o presidente nacional do Livres, Paulo Gontijo

 

Existem diversos pontos comuns entre os princípios e valores do PSD e aqueles que são defendidos pelo movimento Livres. Há, portanto, um campo bastante amplo para possíveis ações conjuntas dessa organização liberal com o Espaço Democrático, que é a fundação para estudos e formação política do PSD. Essa foi uma das conclusões de um encontro de dirigentes e acadêmicos do Espaço Democrático com Paulo Gontijo, o presidente nacional do Livres, realizado na sede da fundação por iniciativa do ex-ministro Andrea Matarazzo.

O Livres é um movimento liberal que atua para desenvolver lideranças, políticas públicas e projetos de impacto social com o objetivo de ampliar a liberdade individual no Brasil. Esse grupo de liberais surgiu em 2016, dentro do que era então um pequeno partido, o PSL (Partido Social Liberal), mas rompeu com ele em janeiro de 2018, quando a legenda decidiu abrigar a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro à presidência da República.

“Esbarramos nos entraves do sistema e tivemos que nos reinventar”, diz Gontijo. Agora suprapartidário, o movimento inicia 2019 com o que chama de “bancada da liberdade”, formada por 15 políticos associados que detêm mandatos eletivos e se comprometem com as bandeiras do Livres, embora pertençam a diferentes partidos – entre vereadores, deputados estaduais, federais, um senador e um prefeito.

O Livres tem também um Conselho Acadêmico formado por profissionais e especialistas de diversas áreas, entre eles Pérsio AridaElena LandauLeandro PiquetPaes de BarrosSamuel PessoaSandra Rios e Paulo Roberto de Almeida. Além de produzirem material acadêmico, esses conselheiros se colocam à disposição dos associados da organização como consultores de políticas públicas.

Atualmente, o movimento conta com mais de 2 mil associados, divididos em 27 núcleos por todo País. Cada associado contribui mensalmente com pelo menos R$ 24,90, o que dá acesso a área exclusiva com fórum de discussão, onde as pessoas debatem ideias e trocam experiências de políticas públicas de diferentes regiões do País. O grupo também prepara para os próximos meses o lançamento de uma plataforma de educação à distância, com cursos sobre liberalismo e políticas públicas.

O Livres define-se como um movimento liberal por inteiro. “Defendemos pautas como responsabilidade fiscal, liberdade econômica e nos costumes, mas estaríamos sendo ingênuos se ignorássemos o complexo cenário social em que vivemos, sobretudo em um país como o Brasil”, diz Gontijo.

O grupo defende o diálogo contra os radicalismos de esquerda e direita, sempre pautado na ideia de que cada pessoa deve ser dona de sua própria vida e que o dever do Estado é ajudar os que mais precisam a conseguirem andar com as suas próprias pernas.

Participaram da reunião com Gontijo o diretor-superintendente do Espaço Democrático, João Francisco Aprá, o ex-ministro Andrea Matarazzo, o coordenador de Comunicação da fundação, Sérgio Rondino, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o economista Roberto Macedo, o coordenador paulista do PSD Jovem, Rafael Auad, o assessor político do PSD Wagner Gama e a assessora de Comunicação do Livres, Gabriela Clemente.