O presidente interino do partido, Guilherme Campos (foto), participou da Marcha dos Prefeitos e defendeu duas alterações no atual modelo
Marcha dos Prefeitos 2015

Campos: “Na hora de debater o modelo ideal, cada um tem o seu palpite. E isso não está diferente no Congresso”.

Dialogar com o movimento municipalista e expor as mudanças propostas pelo partido na reforma política deram o tom da participação do presidente interino do PSD, Guilherme Campos, na 18ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento é organizado anualmente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Campos, ex-líder da bancada do PSD na Câmara, integrou ao lado de lideranças políticas do País um painel de debate. Cada legenda pôde defender suas propostas num momento em que o tema repercute em todos Estados e municípios e sob a iminência de um novo texto ser aprovado ainda esta semana pelo Congresso Nacional. “Quando se fala em reforma política, algo é unânime: todos querem que ela aconteça. Mas na hora de debater qual seria o modelo ideal, cada um tem o seu palpite. E isso não está diferente no Congresso Nacional”, disse Campos.

O PSD é a favor da manutenção do atual modelo, com apenas duas alterações: o fim das coligações nas proporcionais e que, na sobra de votos, sejam eleitos os mais votados, com piso de 15% do coeficiente eleitoral para o candidato. “Cada partido montará a sua chapa, o seu time, sem coligações. Isso mostra um processo transparente para o eleitor, que saberá nitidamente as propostas e os objetivos do partido. A eleição dos mais votados pelo cálculo da sobra corrige uma imperfeição do sistema. O partido pode não ter atingido coeficiente, mas aquele candidato que conseguiu votação expressiva pode ser eleito”, explicou Campos.

O presidente do PSD afirmou ainda que votar um texto que não é totalmente conhecido pelos parlamentares pode ser um erro difícil de reverter. “A comissão especial (que analisava a reforma política) não teve oportunidade de votar o seu relatório. O relator foi escolhido pelo presidente e apresentou uma nova proposta com mudanças que podem não significar a opinião da maioria. Num cenário desse, é melhor que não se vote nada”, opinou. (Renan Bortoletto)