Redução deu ao município autonomia financeira para obter mais R$ 40 milhões em recursos emprestados pelo BNDES, montante que será utilizado para modernizar a administração.
O secretário municipal de Finanças, Pedro Galindo.

O secretário municipal de Finanças, Pedro Galindo.

 

Em pouco mais de 4 anos, a dívida consolidada de Jundiaí, município próximo à capital paulista administrado pelo prefeito Pedro Bigardi (PSD), foi reduzida em 47,67%. Em reais, o valor caiu de R$ 342 milhões em 2011 para R$ 179 milhões em 2016, passando de 31% para 11,8% da despesa corrente líquida. Geralmente, toma-se empréstimo de linhas de crédito para financiamento e execução de projetos locais, gerando um montante que representa todas as dívidas assumidas junto à União ou a instituições bancárias, a serem pagas de forma parcelada.

“Os percentuais da dívida vinham caindo gradualmente no período de 2011 até 2015. Já de 2015 para 2016, a queda foi muito mais acentuada, em razão da repactuação da dívida de Jundiaí com o Governo Federal”, explicou o secretário de Finanças, Pedro Galindo. Há dois anos, o titular da pasta vinha, em Brasília, o recálculo da dívida jundiaiense.

“Antes, os juros dessas linhas de crédito eram calculados tendo como base a Taxa Selic + 6% ao ano. A partir de agora, depois de articulação, o índice passa a ser calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) + 4% ao ano. Essa diferença percentual é absolutamente sensível para os cofres municipais”, afirma o secretário.

O fôlego extra deu a Jundiaí a autonomia financeira, por exemplo, para tomar uma nova dívida consolidada junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), de R$ 40 milhões, montante que vai ser alocado no Programa de Modernização da Administração (PMAT). O empréstimo dessa cifra, assim como a de todas as outras dívidas consolidadas com número de parcelamentos que extrapolam dezembro e viram o exercício fiscal, foi sancionada pela Câmara Municipal.

“Com esse crédito, vamos passar fibra óptica na cidade inteira, o que deve nos render uma economia de R$ 1,5 milhão ao ano com pagamento de links de rádio terceirizados. Outro ponto importante é a atualização da aerofotogrametria, que é quando uma aeronave fotografa toda a cidade para que tenhamos uma noção exata da expansão das áreas nos últimos anos, dentro da atualização cadastral de imóveis”, prospecta Galindo.

O PMAT também prevê modernização na infraestrutura e nas ferramentas de trabalho dos servidores municipais. “Com o investimento na atualização dos processos, esperamos, entre racionalização de gastos e aumento de receita, R$ 15 milhões de economia por ano. Ou seja, em três anos, esse empréstimo vai estar quitado ”, conclui.​