O Programa de Inspeção Veicular Ambiental, que funcionou até 2013 na cidade de São Paulo, foi uma importante ferramenta de redução da emissão de poluentes. De acordo com estudos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, levando-se em conta apenas os veículos a diesel que fizeram a inspeção em 2011 na cidade, foram evitadas 1.515 internações hospitalares e 584 mortes por problemas respiratórios. Além dos benefícios diretos à saúde das pessoas, esses resultados também resultaram numa economia estimada em mais de US$ 79 milhões ao sistema público de saúde, valor 20 vezes maior do que o custo das inspeções.
Se a inspeção fosse adotada em toda a Região Metropolitana, como determina o Conselho Nacional do meio Ambiente (CONAMA), esses benefícios poderiam ser triplicados. O estudo aponta ainda que o ganho com a Inspeção, apenas no exercício 2011, equivale a retirada dos poluentes emitidos por uma frota de mais de 1,4 milhão de veículos, sendo 1,285 milhão de automóveis, 87 mil motocicletas e 36,3 mil veículos movidos a diesel.
O programa verificava todos os veículos da cidade e foi implantado gradativamente. Começou em 2008 avaliando toda a frota a diesel. No ano seguinte, além dos veículos diesel, todas as motos e também os carros movidos a álcool, gás ou gasolina registrados no Detran entre 2003 e 2008 passaram pela inspeção. Em 2010, todos os carros, motos, ônibus e caminhões com placa da cidade de São Paulo, inclusive os que optaram pelo licenciamento antecipado, foram obrigados a passar pela inspeção Ambiental veicular.
Até novembro de 2012 foram feitas 13.052.809 inspeções em 10.428.366 de veículos. Em 2011, da frota alvo de 4,7 milhões de veículos, 3.120.411 foram inspecionados. Com o programa, até o final 2012 não houve nenhum dia que os níveis de emissão de CO (monóxido de carbono) ultrapassaram os padrões do CONAMA, de acordo com dados dos relatórios de qualidade do ar divulgados pela CETESB, que significa uma grande melhora na qualidade do ar da cidade.