Segundo a Folha, quem tiver o aumento de consumo igual ou menor que 20% (em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014) terá 20% de acréscimo na conta de água. Já os que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.
Reservatório do Sistema Cantareira, que caiu a 6,9%

Reservatório do Sistema Cantareira, que caiu a 6,9%

Em meio a uma grave estiagem e com os principais reservatórios sob risco de colapso, o governo do Estado decidiu cobrar uma sobretaxa na conta de água daqueles que ampliarem o consumo, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira (18).

Segundo a Folha, quem tiver o aumento de consumo igual ou menor que 20% (em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014) terá 20% de acréscimo na conta de água. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.

A medida começa a valer em 1º de janeiro –resta apenas o aval da Arsesp (agência estadual de saneamento), o que deve ocorrer nos próximos dias. Aqueles com consumo baixo (inferior a 10 metros cúbicos mensais) estarão fora dessa sobretaxa. Haverá ainda opção de recursos à Sabesp, para casos de mudança de imóvel, por exemplo.

Além disso, o governo anunciará a prorrogação do programa do bônus para os consumidores que têm economizado água nesse período. As atuais faixas de desconto serão mantidas –redução entre 10% e 14,9% (bônus de 10%); de 15% a 19,9% (bônus de 20%); e de 20% ou mais (bônus de 30%).

São Paulo vive hoje a mais grave crise hídrica já registrada, e o principal reservatório de água da Grande SP, o sistema Cantareira, opera com apenas 6,9% de sua capacidade, isso já contando a segunda cota do volume morto -reserva técnica utilizada para evitar o desabastecimento da população.

Para constranger os consumidores que aumentarem o uso de água, a Sabesp lançará uma nova campanha publicitária, focada essencialmente no desperdício, como lavar carro e a calçada em tempos de crise.