Caíque Rossi, que aos 30 anos está no segundo mandato de vereador, vai coordenar o partido nos 43 municípios da região de Araçatuba.

Caíque, Eleuses e Kassab: convite para uma nova missão.

Reconhecido como uma das mais jovens lideranças do PSD no interior do Estado de São Paulo, Caíque Rossi, vereador em Penápolis, vai assumir a coordenação do partido na região de Araçatuba, que reúne 43 municípios. O convite foi feito por duas das mais importantes lideranças do PSD, o ministro Gilberto Kassab, presidente licenciado da legenda, e o ex-deputado federal Eleuses Paiva, que lançaram o nome de Caíque, de 30 anos, como pré-candidato à Prefeitura de Penápolis.

Caíque está em seu segundo mandato como vereador. Elegeu-se pela primeira vez aos 23 anos, em 2008, como o mais votado da história da cidade. Em 2012 também tornou-se o mais jovem presidente da Câmara Municipal de Penápolis, onde tem atuado em defesa da mudança na lei orgânica do município, que garante uma destinação mais eficiente do dinheiro público e pela exigência de ficha limpa para cargos comissionados, entre outros projetos.

O ex-deputado Eleuses Paiva diz que Caíque tem o perfil do candidato que o PSD quer oferecer ao eleitor nas eleições do ano que vem: é compromissado com a causa pública e a qualidade de vida da população. “Ele tem um futuro brilhante”, diz Eleuses.

Nesta entrevista, Caíque conta como recebeu o convite para assumir o comando do PSD na região. Fala da sua disposição em ser pré-candidato a prefeito de Penápolis e analisa como, em um momento de crise de credibilidade dos políticos, é possível atrair o eleitor.

Como você recebeu o convite para coordenar o PSD na região de Araçatuba?

Fiquei surpreso, mas muito feliz. Foi confiada a mim uma responsabilidade muito grande. Tenho que trabalhar muito e manter os pés no chão para poder honrar a confiança que o Eleuses e o Kassab depositaram em mim.  

Quais são suas primeiras ideias para fortalecer o partido na região?

Eu acredito que para se fortalecer, o partido deve conjugar todos os verbos na primeira pessoa do plural: nós. É assim, todos juntos, que podemos fazer a diferença. Quero visitar todos os nossos companheiros de PSD, os líderes locais, para saber como esta a situação do partido em cada cidade. Vamos tentar lançar o maior número possível de candidatos a prefeito e, quando não for possível, a vice. E queremos ter candidatos a vereador em todas as cidades. O trabalho é duro e o tempo é curto, mas a gente vai correr.

E o lançamento do seu nome como pré-candidato do partido à Prefeitura de Penápolis. Você acha que é o caminho natural da sua trajetória política?

Quem entra na vida pública tem que estar preparado e respaldado pelas lideranças partidárias para poder assumir os desafios. E eu estou. A responsabilidade é grande e estou pronto para assumir se esse for o desejo dos líderes do nosso partido. Aqui em Penápolis eu já tive a oportunidade de exercer função administrativa como presidente da Câmara Municipal. Mostra um pouco da minha capacidade. Mas a gente não pode esquecer que nenhuma administração se faz sozinha. Você tem que saber escolher as pessoas que estão ao seu lado, gente afinada com suas ideias e qualificada. Um homem público tem que montar uma boa equipe.  Cuidar da vida da gente não é fácil; de uma família, mais difícil ainda; imagine só de uma cidade inteira. Mas eu entrei na vida pública para poder ajudar as pessoas e é isso que vou fazer sempre que for chamado. Junto com os líderes do nosso partido nós vamos buscar entender e atender as demandas da sociedade.

Quais são os principais problemas dos municípios brasileiros hoje?

O maior dos problemas é o Pacto Federativo. Nós  precisamos mudar isso. Não tem sentido que o dinheiro dos impostos gerados nos municípios vá para as mãos do Governo Federal para depois ser redistribuído. Esses recursos devem ficar nos municípios, porque é neles que as pessoas vivem e demandam serviços. Além do mais, a fiscalização do uso deste dinheiro é muito mais fácil quando acontece nos municípios. Veja que com a crise econômica que o País atravessa o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) tem caído cada vez mais, o que está estrangulando as finanças municipais. Precisamos de um novo Pacto Federativo. Só assim os municípios poderão ter vigor financeiro para suprir suas necessidades.

As pessoas estão desencantadas com a política, segundo revelam as pesquisas. Como é possível mostrar a elas que a política é único caminho para a transformação da sociedade?

Mudando a postura, a atitude, se aproximando das pessoas. É necessário mostrar que a vida pública tem toda uma burocracia que a vida privada não tem. Se você quer comprar uma camiseta, enfia a mão no bolso, dá o dinheiro e pronto. No poder público há licitação, regras e burocracia. Só com o contato direto com a população é possível mostrar isso: ‘Olha, não fizemos porque não tinha condições de fazer’. É ter transparência. Cabe a nós, políticos, mudar de atitude e mostrar que não somos sinônimo de corrupção. Só assim vamos conseguir nos reaproximar dessa sociedade que, hoje, se sente deixada de lado.

 

Como atrair os jovens para a política? Você, que tem 30 anos, entende as pessoas da sua geração melhor do que ninguém.

É necessário fazer o que PSD está fazendo. A política brasileira, de uma forma geral, tem dificuldade para abrir as portas para a juventude. Mas é necessário estender as mãos para os jovens. É permitir que ele mostre o seu caráter, o seu trabalho. Eu sou o exemplo disso. Mas a política mais tradicional parece que tem medo de abrir as portas para a juventude. Não dão a ela a chance de mostrar o valor. Mas é muito simples: é chamar o cara do lado e incentivar. ‘Olha, você tem o seu valor. Vai à luta porque se você errar eu estou aqui para te ajudar’. Veja que o PSD tem muitos jovens em lideranças em várias regiões do Estado.