Produto da Usina de Compostagem será utilizado no cultivo de mudas do Viveiro Municipal, na manutenção de áreas verdes e em projetos de restauração florestal

Redação Scriptum com Prefeitura de Nova Odessa

O prefeito de Nova Odessa, Cláudio Schooder (PSD), o Leitinho, participou nesta quarta-feira (5) da cerimônia que marcou o início das operações em larga escala da Usina de Compostagem de Lodo, instalada na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Quilombo. Promovido pela Coden Ambiental, empresa concessionária dos serviços de saneamento básico na cidade, o evento fez parte das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente no município de 62 mil habitantes do interior de São Paulo. A usina vai transformar 50% dos resíduos provenientes do tratamento de todo o esgoto coletado em Nova Odessa em até 95 toneladas mensais de fertilizantes orgânicos.

O produto será utilizado pela prefeitura no cultivo de mudas do Viveiro Municipal, na manutenção de áreas verdes e em projetos de restauração florestal. “Nova Odessa sempre foi pioneira em questões ambientais e, como prefeito, fico satisfeito por ter um corpo técnico com esse olhar especial para a preservação do meio ambiente. Hoje estamos usando o fertilizante produzido na ETE Quilombo nas áreas públicas do município, mas, futuramente, vamos gerar receita com a venda do produto a outras cidades que já estão interessadas”, destacou Leitinho.

Além de enriquecer o solo com nutrientes essenciais para o crescimento das plantas, a operação vai permitir a redução de 50% das 240 toneladas de resíduos mensais destinadas ao aterro sanitário do município. “Não temos mais saída. Ou a gente cuida do meio ambiente ou seremos varridos do planeta. A Coden, por orientação do prefeito Leitinho, está fazendo a sua parte, com o início das operações de compostagem do lodo. É por isso que estamos aqui hoje, oferecendo para Nova Odessa e região o adubo resultante desse processo”, afirmou o presidente da Coden, Elsio Boccaletto.

De acordo com a prefeitura, o galpão da usina de compostagem estava em fase de testes e vinha operando ocasionalmente. Por iniciativa da atual gestão, o sistema vai funcionar com 100% de sua capacidade.

Compostagem

A compostagem é feita em um galpão de 1.250 metros quadrados. Além do lodo gerado na ETE Quilombo, o processo utiliza 40 toneladas dos restos das podas de árvores realizadas pela prefeitura. Durante 60 dias, a mistura permanece disposta em leiras, que são periodicamente revolvidas para que ocorra a aeração, o que garante oxigênio para a sobrevivência dos micro-organismos aeróbicos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica.

A ação natural desses decompositores eleva gradativamente a temperatura das leiras, que chega a picos de 75ºC. Com o calor intenso, os micro-organismos prejudiciais ao ser humano são eliminados, o que promove a higienização do composto. No final do processo, quando a leira atinge temperatura ambiente, em torno de 35ºC, o fertilizante resultante é peneirado e pode ser utilizado principalmente em praças, parques e jardins.

Maurício Bisordi, diretor da MB Engenharia e Meio Ambiente, empresa responsável pela operação da compostagem, explicou que o processo em curso na ETE Quilombo contempla um novo conceito no setor de resíduos, que é chamado de circular. “Aqui temos a coleta dos resíduos, o tratamento deles, a transformação desses resíduos em um novo produto e o retorno para a economia na forma de adubo orgânico.”